Bolsonaro sinaliza que poderá recriar mais um ministério

Ao lançar o Programa Nacional do Desporto, ex-capitão defendeu que o esporte volte a ter uma pasta

Foto: Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou nesta quarta-feira 23 que pretende recriar mais um ministério em seu governo. Desta vez, a ‘nova’ pasta seria o Ministério do Esporte, extinto também em 2019. O segmento hoje é apenas uma secretaria especial da Cidadania. A indicação contraria mais uma vez a promessa de campanha de reduzir pastas.

“[Esporte] É ainda uma secretaria que deixou de ser ministério. Mas eu confesso que tem certas coisas que a gente só toma pé depois que chega lá. Mas a secretaria de Esportes merece o status de ministério até pelo tamanho do Brasil”, disse Bolsonaro durante seu discurso.

Mais adiante, repetiu a sinalização ao elogiar o atual secretário do segmento, Marcelo Magalhães.

“Marcelo Magalhães, nosso secretário, quem sabe futuro ministro do Esporte”, destacou.

A recriação do Ministério do Esporte contraria a promessa de campanha de ter ‘no máximo 15 ministérios’, atualmente já são 23. As recriações mais recentes foram a pasta das Comunicações, cedida a Fábio Faria (PP), e do Trabalho, ocupada por Onyx Lorenzoni (DEM).

Ambas foram retomadas em um acerto para abrigar membros do Centrão. A movimentação também envolveu a entrega da principal cadeira, a Casa Civil, para um membro do grupo, o senador Ciro Nogueira (PP).


Em 31 de março, Bolsonaro já anunciou que fará uma reforma ministerial. Neste dia, ministros que concorreram a cargos nas eleições devem deixar o governo para participar das disputas regionais. Ao todo, estima-se que até 11 integrantes do primeiro escalão devem deixar o governo. Entre eles estariam Tarcísio de Freitas, João Roma e Damares Alves.

Até o momento, nenhum substituto foi antecipado, mas caciques do Centrão, como Valdemar Costa Neto e Ciro Nogueira, já começam a articular as indicações para ampliarem seus níveis de influência dentro da atual gestão. Nos dois casos, os líderes partidários irão ‘cobrar a conta’ por terem recebido e defendido Bolsonaro em crises recentes.

 

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