Justiça

Bolsonarista relator da PEC que limita poderes do STF promete ‘diálogo com Barroso’ antes de formular parecer

Proposta tornou a caminhar na Câmara dos Deputados mesmo após o acordo firmado entre os Poderes sobre as emendas parlamentares

Bolsonarista relator da PEC que limita poderes do STF promete ‘diálogo com Barroso’ antes de formular parecer
Bolsonarista relator da PEC que limita poderes do STF promete ‘diálogo com Barroso’ antes de formular parecer
Deputado Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. (PL-PR). Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O líder da oposição na Câmara, deputado federal Filipe Barros (PL), foi designado como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação foi feita pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputada Caroline de Toni (PL) nesta quarta-feira 21.

Em conversa com a CNN após a escolha, o deputado afirmou que buscará diálogo com os ministros do STF, em especial com o presidente da Corte Luís Roberto Barroso, antes de oferecer seu parecer aos parlamentares.

“Não quero utilizar o assunto como cabo de guerra, não quero polarização. Vou tratar o tema de modo eminentemente técnico e jurídico. Vou focar o relatório na parte técnica, além de buscar o diálogo com ministros do STF. Principalmente com o presidente Luís Roberto Barroso”, declarou.

O parlamentar bolsonarista informou que pretende apresentar seu parecer já na próxima semana e reforçou que a análise na CCJ se concentrará apenas na admissibilidade ou não da PEC, sem entrar no mérito da proposta. 

A PEC em questão começou a tramitar na Câmara dos Deputados após o ministro Flávio Dino, do STF, suspender a execução de diferentes emendas parlamentares ao Orçamento da União, incluindo as emendas de bancada. A proposta, aprovada no Senado em novembro do ano passado, aguardava desde então o início de sua tramitação na Câmara.

O texto da PEC propõe restringir as decisões monocráticas dos ministros do STF e de outros tribunais superiores, impedindo que suspensões individuais afetem a eficácia de leis ou atos normativos com efeito geral, oriundos do Executivo e do Legislativo. 

Além disso, a PEC busca proibir que decisões monocráticas possam interromper a tramitação de propostas legislativas.

Após a análise pela CCJ, a PEC precisará ser aprovada em dois turnos de votação no plenário da Câmara dos Deputados para ser promulgada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo