Política

O plano dos bolsonaristas após os atos de terrorismo em Brasília

Apoiadores do ex-presidente esperavam o apoio de caminhoneiros para parar o País

O plano dos bolsonaristas após os atos de terrorismo em Brasília
O plano dos bolsonaristas após os atos de terrorismo em Brasília
Foto: Evaristo Sá/AFP
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Antes de invadirem a Praça dos Três Poderes em Brasília, bolsonaristas acampados em frente ao Quartel General do Exército na capital federal esperavam o apoio de caminhoneiros para parar o País após os atos de terrorismo deste domingo 8.

CartaCapital esteve no QG horas antes dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) partirem em direção à Esplanada dos Ministérios em protesto contra a vitória do presidente Lula (PT).

O plano inicial era que a multidão saísse do local por volta das 13h e, segundo manifestantes com quem a reportagem conversou, ultrapassasse as barreiras das forças de segurança quando a aglomeração golpista atingisse um número de pessoas que tornasse inviável a ação da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional.

“Os caminhoneiros têm que fechar as estradas. Nós seguramos por aqui”, disse um bolsonarista durante a concentração no QG. “Trouxe máscara e proteção para balas de borracha”, confessou outro militante.

Pela manhã, havia um número maior de bolsonaristas do que nos últimos dias. “Nós não vamos quebrar. Vamos entrar [na Esplanada] em uma casa que é nossa”, disse um dos participantes que veio do interior de São Paulo. “A ideia é juntar muita gente para invadir”.

Algumas horas após a invasão da Praça dos Três Poderes, o presidente Lula (PT) decretou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O petista classificou os atos como fascistas.

A avaliação do governo é que tanto o governador Ibaneis Rocha (MDB) quanto o secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, sabiam com antecedência o que estava sendo planejado. Torres foi exonerado.

Apoiadores de Bolsonaro admitiram que contavam com a condescendência de policiais militares. “Eles não falam abertamente, mas acenam positivamente com a cabeça”, disse um bolsonarista.

Leia o decreto de Lula:

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