Justiça
Fux pede providências ao Ministério da Justiça sobre venda de dados de ministros do STF na internet
Documento foi encaminhado ao ministro da Justiça, André Mendonça, e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, pediu providências ao Ministério da Justiça sobre a comercialização de dados de ministros da Corte, segundo ofício enviado na segunda-feira 1.
O documento se refere a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada na mesma data, que revelou que dados de autoridades do País estão à venda na internet. Entre os afetados, estão os onze magistrados do STF, o presidente Jair Bolsonaro e os ex-presidentes do Congresso Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O ofício está endereçado ao ministro da Justiça, André Mendonça, e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, também relator do inquérito 4781, que apura ameaças aos membros da Corte.
Fux diz que, considerando a notícia, envia o documento “para providências que considerem pertinentes”.
O presidente do STF também considerou “gravíssimo” o megavazamento noticiado na semana anterior, com dados de mais de 223 milhões de brasileiros. Informações de endereços, números telefônicos, e-mails, score de crédito e salários, inclusive com fotos, foram parar em fóruns na internet.
Em 26 de janeiro, a Secretaria Nacional do Consumidor notificou a Serasa Experian para pedir esclarecimentos, mas a empresa negou ser a fonte dos dados.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.