Sustentabilidade
Desmatamento na Amazônia no 1º bimestre de 2024 é o menor dos últimos 6 anos
A área de floresta perdida entre janeiro e fevereiro equivale a quase 327 campos de futebol por dia, de acordo com o monitoramento do Imazon
A Amazônia atingiu, no primeiro bimestre de 2024, o menor índice de desmatamento dos últimos seis anos, desde 2018. Este foi o 11º mês consecutivo de redução na derrubada da floresta.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, divulgados nesta segunda-feira 18.
Em janeiro e fevereiro, a área de floresta perdida chegou a 196 km². Em comparação ao mesmo período do ano passado, a redução do desmate foi de 63%. Na época, foram registrados 523 km² de desmatamento no bioma.
Apesar do avanço, a área desmatada no primeiro bimestre de 2024 é equivalente a quase 327 campos de futebol por dia, e supera os territórios de três capitais brasileiras: Vitória (97 km²), Natal (167 km²) e Aracaju (182 km²).
O instituto ressalta ainda que a área desmatada é maior do que o registrado entre 2008, quando o monitoramento por satélite começou.
Os estados que mais registraram perda florestal foram Maranhão e Roraima. Os dois também são os únicos que apresentaram aumento de desmatamento em fevereiro.
No Maranhão, a devastação passou de 2 km² em fevereiro de 2023 para 5 km² no mesmo mês deste ano, uma alta de 150%. Em Roraima, a destruição foi de 19 km² para 26 km², um aumento de 37%.
Na contramão, o Pará, que ocupava o quarto lugar do ranking de maiores áreas desmatadas, apresentou uma redução de 70% na derrubada no primeiro bimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.