Sociedade

São Paulo tem novos protestos contra o fascismo e a favor da democracia

Manifestantes pediram a saída do presidente Jair Bolsonaro

Torcedores do Palmeiras se manifestaram a favor da democracia em São Paulo. Foto: Reprodução
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A cidade de São Paulo teve novos protestos contra o fascismo e o presidente Jair Bolsonaro, neste domingo 14. Os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, durante a tarde. O ato teve presença de movimentos sociais e de torcidas organizadas de times de futebol como Corinthians e Palmeiras.

Torcedores de times diferentes se uniram e ergueram faixas em que exigem a garantia do sistema democrático e repudiam a ditadura militar. Em vídeo nas redes sociais, palmeirenses marcham pela avenida e gritam “democracia”, enquanto recebem aplausos de torcedores de outros times e de demais presentes na caminhada.

Os manifestantes também reivindicam a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. O chefe do Palácio de Planalto já é alvo de diferentes pedidos de impedimento no Congresso Nacional, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não autorizou a tramitação.

Outros participantes do ato também manifestaram palavras de ordem contra o racismo sistêmico no Brasil, com a frase “Vidas Negras Importam”. Havia ainda exigências de melhorias na assistência financeira para proteger vulneráveis durante a pandemia.

Nas imagens, muitos manifestantes aparecem usando máscaras, conforme as recomendações sanitárias contra o coronavírus. Policiais fizeram um cordão de isolamento para acompanhar o ato.

 

É o 3º fim de semana consecutivo com atos contra o fascismo e a favor da democracia em São Paulo. Em 31 de maio, torcedores antifascistas foram à Avenida Paulista para protestar contra Bolsonaro. Na semana seguinte, em 7 de junho, manifestações ocorreram na região do Largo da Batata, contra a discriminação racial.

As mobilizações ocorrem após seguidas semanas de protestos organizados pelos apoiadores de Bolsonaro. No mês de abril, defensores do presidente da República ignoraram a quarentena e fizeram carreatas contra as medidas adotadas para combater a proliferação do coronavírus.

As tensões se elevaram após os apoiadores de Bolsonaro passarem a pedir o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Palácio do Planalto incentivava as organizações desses atos desde fevereiro. Em 15 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia acabado de decretar o estado de pandemia, Bolsonaro compareceu a um ato em Brasília e passou a ser repudiado por entidades civis.

No fim de maio, ativistas de extrema-direita intitulados “300 do Brasil” causou perplexidade ao usar símbolos supremacistas durante um ato em frente ao STF. Os membros da organização também participavam de um acampamento em Brasília, que acabou sendo desmontado pelo governo do Distrito Federal.

Na noite de sábado 13, um grupo simulou bombardeio ao prédio do STF com o lançamento de fogos de artifício. No domingo 14, São Paulo e Brasília tiveram reuniões públicas entre os apoiadores de Bolsonaro. Na capital federal, o encontro teve a participação do ministro da Educação, Abraham Weintraub.

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