Sociedade

Samara Sosthenes é a terceira parlamentar trans a sofrer ataque em uma semana em SP

Homem disparou tiro de arma de fogo em frente à residência da covereadora; antes dela, Carolina Iara e Erika Hilton foram alvos de ataques

Samara Sosthenes, covereadora pelo PSOL em São Paulo. Foto: Reprodução/Facebook
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Integrante do mandato coletivo Quilombo Periférico do PSOL na Câmara de Vereadores de São Paulo, Samara Sosthenes foi alvo de um atentado com arma de fogo na madrugada do domingo 31, segundo informou a bancada nas redes sociais. Samara é a terceira parlamentar trans a sofrer um ataque na capital paulista.

 

Samara não foi baleada. Segundo o Quilombo, um homem em uma motocicleta efetuou um disparo para o alto na frente da residência da covereadora, onde ela mora com a mãe e seus irmãos. Às 22h48 do mesmo dia, Sosthenes disse que registrou um boletim de ocorrência no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Em vídeo, ela destacou que o ataque ocorreu na semana da Visibilidade Trans, pauta celebrada em 29 de janeiro.

“Não é um fato isolado. É uma forma de querer silenciar corpos pretos, periféricos e trans que estão agora dentro da política”, disse.

Ela divide uma cadeira na Câmara Municipal com mais cinco covereadores. Antes de Samara, também foram alvos de ataques a covereadora Carolina Iara, da Bancada Feminista, e a vereadora Erika Hilton.

Em 26 de janeiro, ao menos dois tiros foram disparados contra a casa de Carolina, na zona leste da capital. Um dos projéteis ficou alojado nas paredes, e outro, no muro. Ela estava em casa junto à mãe e ao irmão no momento do atentado, mas nenhum dos três foi atingido. Por segurança, ela deixou a residência.

No dia seguinte, um homem tentou invadir o gabinete de Erika Hilton, mas foi impedido. Ele, então, deixou uma carta em que admitiu ter realizado ataques virtuais contra a parlamentar, identificando-se como “Garçom Reaça”. Erika afirmou que o episódio foi “muito violento e assustador”.

Erica Malunguinho, deputada estadual pelo PSOL e também trans, expressou solidariedade com as colegas de partido e disse que solicitou uma reunião com Fernando José da Costa, secretário de Justiça do governo de João Doria (PSDB).

“Muito sério essa onda de ataques contra parlamentares que são mulheres trans no município de SP”, escreveu Erica, em sua rede social. “Tomaremos todas as medidas cabíveis para trabalhar em segurança.”

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