Sociedade

Saiba quem são as vítimas de queda de helicóptero em São Paulo

As vítimas deixaram a capital paulista na véspera do Ano Novo e planejavam fazer um ‘bate-volta’ em Ilhabela

As vítimas do acidente de helicóptero que ficou 11 dias desaparecido. Créditos: Reprodução
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A Polícia Militar confirmou, nesta sexta-feira 12, que não há sobreviventes no acidente de um helicóptero que ficou desaparecido por 12 dias. Os destroços da aeronave, de prefixo PR-HDB, foram encontrados em uma área de mata no município de Paraibuna, no Vale do Paraíba.

A aeronave foi localizada pelo Águia 24 da PM. Os agentes só conseguiram chegar ao local, de mata fechada, com ajuda de rapel.

O helicóptero estava desaparecido desde 31 de dezembro, após passar por um trecho de forte neblina entre São Paulo e Ilhabela, no litoral norte do estado, que seria o destino final do voo. A aeronave chegou a fazer um pouso de emergência em uma área de mata, mas decolou novamente e caiu.

Durante o voo, o piloto Cassiano Tete Teodoro fez contato com o heliponto onde pousaria e relatou dificuldades para chegar ao destino, devido à falta de visibilidade. Uma das vítimas mandou uma mensagem ao namorado relatando “tempo ruim” e dizendo estar com medo. As vítimas deixaram a capital paulista na véspera do Ano Novo e planejavam fazer um “bate-volta” em Ilhabela.



Quem eram as vítimas

Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, o piloto da aeronave. Em setembro de 2021, ele teve a licença e as habilitações cassadas pela Agência Nacional de Aviação Civil por “condutas infracionais graves à segurança da aviação civil”. A Anac diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.

“Cassiano Tete Teodoro foi cassado em decorrência, entre outros motivos, de evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino”, acrescenta o órgão.

A agência explicou ainda que, em outubro de 2023, “após observar prazo máximo legal para a penalidade administrativa de cassação, que é dois anos, o piloto retornou ao sistema de aviação civil ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH)”. A licença, no entanto, não dava autorização para realizar voos comerciais de passageiros.

Raphael Torres de Oliveira, 41 anos, proprietário da empresa Comexpharma Assessoria, Comércio, Representação, Importação e Exportação de Medicamentos. Era amigo do piloto e convidou as outras duas passageiras para o voo.

Luciana Rodzewics, de 46 anos, empresária e vendedora. Ela viajou na aeronave a convite de Raphael, com quem mantinha amizade há mais de 20 anos. Em 31 de dezembro, pouco depois da decolagem, ela postou um vídeo no perfil da loja no Instagram mostrando o momento em que o helicóptero sobrevoava a capital paulista.

Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, filha de Luciana. A jovem chegou a enviar mensagens ao namorado, o militar Henrique Thiofilo Stellato, da Força Aérea Brasileira, falando sobre o mau tempo.

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