Justiça

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O feirão das armas

Sob Bolsonaro, é possível adquirir pistolas até por meio de rifas que correm pela Loteria Federal. O número de registros quadruplicou em três anos

Boa parte do armamento liberado por Bolsonaro cai nas mãos do crime organizado – Imagem: Carolina Antunes/PR e Polícia Civil/RJ
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público deflagraram uma operação de combate ao tráfico que acabou por jogar luz à política armamentista do atual governo. Durante o cumprimento dos 20 mandados de busca e apreensão, os agentes chegaram a Vitor Furtado Rebollall Lopes, conhecido como “Bala 40”, na rodoviária de Goiânia, quando ele transportava 11 mil balas de fuzil. Logo depois, um verdadeiro arsenal de guerra foi encontrado em sua casa, no Grajaú, Zona Norte do Rio: 26 fuzis, entre modelos AR-15 e 5.56, fabricados no Brasil, três carabinas, 21 pistolas, dois revólveres, uma espingarda calibre 12, um rifle e um mosquetão, além de caixas com milhares de munições. Só os fuzis foram avaliados em 1,8 milhão de reais e o total apreendido, em 3 milhões.

Tudo legal e autorizado pelo Exército, uma vez que Rebollall era registrado como CAC, sigla usada para designar colecionadores de armas, praticantes de tiro desportivo ou caçadores. Segundo a polícia, o preso possui 43 Certificados de Registro de Arma de Fogo (Crafs) ativos e vinculados ao estado de Goiás, onde adquiria os materiais bélicos e levava de carro até a capital fluminense. O Exército suspendeu as autorizações e cancelou o Certificado de Registro de “Bala 40” quando a operação foi deflagrada.

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