Sociedade

Mulheres criticam governo Bolsonaro e pedem fim do feminicídio

Em ato na Avenida Paulista, mulheres não pouparam críticas à perda de direitos com a Reforma da Previdência

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Sob o coro de #EleNão, parte da Avenida Paulista foi tomada por mulheres nesta sexta-feira 8, reunidas para reafirmar a luta do movimento feminista ao longo dos anos. O ato pelo Dia Internacional da Mulher criticou o governo de Jair Bolsonaro e pediu o fim da violência contra a mulher.

Bandeiras dos movimentos negro, feminista, LGBTI e indígena ocuparam a avenida na marcha que seguiu pela rua Augusta até o centro da capital. Através da organização #8M Brasil – que promove atividades e eventos relacionados à Greve Internacional de Mulheres do 8 de março no país – cada mulher no ato expressava de maneira particular as mudanças que busca para o futuro. 

O clima era de protesto. Definitivamente, o governo Bolsonaro não agrada mulheres progressistas, e não é para menos. Com propostas como a Reforma da Previdência – que prevê que mulheres se aposentem mais tarde caso seja aprovada -, elas protestavam a plenos pulmões contra a reforma e mostravam indignação, especialmente com relação à dupla jornada de trabalho que muitas delas enfrentam diariamente, se somado o tempo que passam no trabalho e mais as tarefas domésticas que, na maioria dos casos, são executadas por elas.

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O feminicídio foi uma das principais pautas do ato, com destaque aos protestos cobrando respostas sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que completa um ano do dia 14 de março. Um manifesto legítimo por mais segurança e garantia de justiça diante de mortes motivadas por questões de gênero.

O ato teve o apoio de diversos representantes políticos de esquerda, principalmente parlamentares mulheres, que repetiam incansavelmente a expressão “nem uma a menos” – referência ao movimento argentino criado em 2015 após uma adolescente ter sido assassinada pelo namorado.

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A manifestação seguiu pacificamente pelas ruas da capital paulista, da Avenida Paulista até a Praça Roosevelt. E o recado foi dado: mulheres estão cada dia mais ativas politicamente, dispostas a questionar medidas abusivas e a cobrar o governo omisso em questões voltadas às políticas para mulheres.

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