Economia

Metalúrgicos da Embraer entram em greve por reajuste salarial

Greve acontece após empresa negar reajuste acima da inflação e cortar estabilidade no emprego em casos de acidente e doença ocupacional

A Embraer. Foto: Wanezza Soares
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Os metalúrgicos da Embraer entraram em greve por tempo indeterminado na fábrica de São José dos Campos nesta terça-feira 3.  A paralisação ocorre após a empresa oferecer reajustar os salários seguindo a inflação, sem aumento real.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa rejeitou a proposta de um aumento superior a 4,06% e planeja reduzir a estabilidade no emprego em caso de doença ocupacional e acidentes de trabalho.

O sindicato estima que paralisação conte com cerca de cinco mil trabalhadores e atinja todas as áreas de produção na empresa.

A greve foi anunciada no dia 26 de setembro, mas segundo o sindicato não houve tentativa de acordo por parte da Embraer.

Em nota, a empresa afirma já ter concedido o aumento correspondente a inflação para colaboradores que recebem até R$ 10 mil e um fixo de R$ 406 para salários acima desse valor após acordo com a Fiesp.

A greve da Embraer ocorre na esteira de uma série de paralisações no estado de São Paulo. Nesta terça, quatro linhas de metrô e três de trem estão paradas em protesto contra privatizações promovidas pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Trabalhadores da Sabesp, companhia de água e esgoto, também cruzaram os braços motivados contra a venda da estatal.

Na USP, principal universidade do estado, estudantes e professores interromperam as atividades em greve pela precarização no local. A falta de professores é o principal motivador da greve, que também engrossa o coro contra a privatização do Metrô, CPTM e Sabesp.

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