Política

Em dia de greve no Metrô, CPTM e Sabesp, Tarcísio de Freitas volta a defender privatizações

Neste ano, linhas operadas pela Via Mobilidade apresentaram mais falhas do que as geridas pela CPTM

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Divulgação/Governo de São Paulo
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teceu novas críticas aos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens e Metropolitanos (CPTM), bem como os da Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que entraram em greve nesta terça-feira 3. Em publicação na rede X, antigo Twitter, Tarcísio fez elogios à privatização e afirmou que o modelo deve ser estimulado. A paralisação desta terça é justamente um protesto contra a venda das estatais.

“Essa turma não respeita nem o Poder Judiciário nem o cidadão. Dizem que são contra as privatizações. Mas quais são as linhas que estão funcionando hoje? Aquelas concedidas à iniciativa privada”, disse o mandatário paulista. “Isso mostra que estamos na direção certa, que temos, sim, que estudar [as privatizações]”, concluiu Tarcísio.

A greve de hoje acontece como forma de protesto contra o plano do governo do Estado de fazer concessões das linhas metroferroviárias. A paralisação é motivada, também, pelo plano estadual de privatizar a  Sabesp.

Essa é a segunda greve no metrô em 2023. Os sindicatos afirmam que as concessões de linhas do transporte e da rede de água e esgoto poderão piorar a qualidade dos serviços.

No primeiro semestre deste ano, as linhas de trem metropolitano operadas pela Via Mobilidade (que foram privatizadas) apresentaram três vezes mais falhas do que aquelas administradas pela CPTM, segundo dados das próprias operadoras. Os principais problemas estão nas linhas 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda). A linha 8, por exemplo, teve dois descarrilamentos, em janeiro e em março.

Nesta terça, quatro linhas do metrô e três linhas de trem estão totalmente paradas. Duas linhas ferroviárias funcionam parcialmente.

Os metroviários, em assembleia na noite desta segunda-feira, cobraram também que um plebiscito seja realizado para colher a opinião da população sobre as privatizações.

“E também a realização de um plebiscito oficial junto à população do estado para consultar sobre a privatização dessas três empresas públicas”, destacou presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa.

Diante da paralisação, a prefeitura da capital paulista decretou ponto facultativo dos serviços municipais e suspendeu o rodízio de veículos nesta terça-feira. Está mantido o funcionamento de escolas e creches, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, do serviço funerário, e demais serviços essenciais.

O governo de São Paulo também determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital, inclusive na educação e parte do setor de saúde. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão oferecer as refeições previstas normalmente.

(Com informações de Agência Brasil)

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