Educação

Sindicato dos Trabalhadores da USP anuncia paralisação em apoio à greve de Metrô, CPTM e Sabesp

Entidade também reafirma o interesse de colaborar com mobilizações de estudantes, que reivindicam a contratação de professores efetivos

Foto: Sebastião Moura
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O Sindicato dos Trabalhadores da USP aprovou nesta quarta-feira 27, em assembleia, uma paralisação das atividades em 3 de outubro em apoio à greve dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp contra a agenda de privatizações promovida pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

A categoria segue discutindo a possibilidade de entrar em greve por tempo indeterminado e pode realizar uma nova assembleia nos dias seguintes à paralisação do dia 3, segundo Reinaldo Santos de Souza, diretor do sindicato.

A assembleia desta quarta também decidiu pela renovação do acordo coletivo entre os trabalhadores e a Comissão Permanente de Relações de Trabalho. O ponto de tensão nessas negociações envolve o abono de horas de feriados e recessos – atualmente, os funcionários são obrigados a compensar em seu banco de horas o período inativo nas datas em que a USP suspende as atividades. O sindicato reivindica uma mudança nesse regulamento, mas a reitoria não cedeu e o acordo foi aprovado sem alterações significativas.

De acordo com Santos de Souza, a perspectiva da categoria para as próximas semanas é dialogar com o movimento estudantil para colaborar com as mobilizações, reforçando que o déficit de funcionários vai além dos professores e que a reitoria deve ser cobrada. “De 2014 para cá, perdemos mais de 4 mil funcionários não docentes na USP e, até então, a reitoria só se propôs a contratar cerca de 400 até o fim da gestão, em 2025″, declarou.

A afirmação é respaldada pelos dados do Anuário Estatístico da USP, a apontar que entre 2014 e 2022 o número de servidores técnicos e administrativos caiu de 17.199 para 12.854.

“A contratação de funcionários para repor os que perdemos já está na pauta dos estudantes, mas queremos conversar com eles para incorporar essa questão com mais força”, completou o líder sindical.

Alunos de diversos institutos da USP estão em greve desde o dia 21 e realizam uma série de manifestações para pressionar a reitoria a contratar professores efetivos. A Associação de Docentes da USP também declarou paralisação das atividades até a segunda-feira 2.

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