Justiça

Freixo: ‘o caso não está resolvido, quem mandou matar Marielle?’

Dois PMs suspeitos pela morte da vereadora foram presos pela Polícia do Rio nesta terça-feira 12

Tânia Rego/Agência Brasil
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Prestes a completar um ano, finalmente uma luz no fim do túnel foi acesa no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Na manhã desta terça-feira  12, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de participarem do crime. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou, em seu Twitter, que as prisões dos executores são importantes, mas agora o principal é saber “quem mandou matar e qual a motivação.”

A força-tarefa realizada pela Divisão de Homicídios da polícia e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz. Segundo a acusação, eles são os responsáveis pelos disparos contra Marielle e Anderson, no dia 14 de março de 2018.

“O assassinato de uma vereadora é um crime político. Por isso é fundamental sabermos qual grupo político é capaz de, em pleno século XXI, mandar eliminar uma autoridade pública que tenha cruzado seu caminho. Precisamos descobrir quem são os mandantes da execução de Marielle Franco”, disse Freixo.

Os PMs Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, presos como suspeitos pela morte da vereadora Marielle Franco (Reprodução/ TV Globo)

Freixo, quando ainda era deputado estadual no RJ, liderou a CPI das milícias. Em 2008 Marielle era sua assessora e trabalhou junto dele contra as milícias. Em novembro de 2011, Freixo chegou a deixar o País para uma temporada fora após denúncias de que várias milícias estavam planejando o seu assassinato.

Élcio de Queiroz em foto com Jair Bolsonaro: imagem circula cortada nas redes sociais (Reprodução)

Leia também: Assassinos de Marielle Franco planejaram o crime durante três meses

“Essas pessoas fazem parte de um grupo que todo mundo da área de segurança pública sabe, é chamado de escritório do crime. Porque tem gente que mata a serviço de outros no RJ? Se tivessem feito algo antes, talvez não tivessem matado Marielle e nem tantos outros. É muito grave o que fizeram com a segurança pública do RJ para chegar nesse ponto”, afirmou o parlamentar.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio, “é inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”.

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