Economia

Entenda como será a greve do Metrô, CPTM e Sabesp nesta terça-feira

Os três sindicatos reivindicam que o governo Tarcísio de Freitas suspenda permanentemente o projeto de privatização das estatais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greve conjunta de 24 horas para esta terça-feira 3, a partir de 00h. 

A decisão pela greve aconteceu no dia 19 de setembro, após quatro assembleias públicas, conforme mostrou CartaCapital. Os sindicatos exigem a suspensão imediata e permanente do plano de privatizações das estatais. O argumento é de que SP não poderia repetir a ação que em outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo, se mostrou ineficaz.

No entanto, o projeto é uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que classificou neste domingo 1, a greve como “política” e “sem pauta”. 

A Justiça do Trabalho de São Paulo entrou na disputa, e a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, determinou que os trens devem operar com 100% do efetivo em horários de pico — entendidos como das 4h às 10h e entre 16h e 21h — e 80% nos demais períodos. 

Os sindicatos dos metroviários confirmaram que irão cumprir a medida, mas, em contrapartida, reforçam a solicitação de que se tenha “catraca livre”, para que os passageiros circulem gratuitamente durante a manifestação. 

Em caso de descumprimento da determinação, a juíza ponderou que “cada um dos sindicatos que representam os trabalhadores sofrerão multa diária de R$ 500 mil”.

Veja quais linhas devem parar e quais continuarão funcionando:

Metrô

Paralisadas

  • Linha 1-Azul; 
  • 2-Verde;
  • 3-Vermelha;
  • 15-Prata. 

Ativas

  • 4-Amarela; 
  • 5-Lilás do Metrô (por serem operadas pela iniciativa privada).

CPTM

Paralisadas

  • 7-Rubi; 
  • 10-Turquesa; 
  • 11-Coral;
  • 12-Safira;
  • 13-Jade.

Ativas

  • 8-Diamante;
  • 9-Esmeralda. 

Na Sabesp, não haverá interrupção no abastecimento de água.

“Privatizar significa o aumento da tarifa”

Em entrevista ao programa Direto da Redação, exibido no Youtube de CartaCapital, a presidente dos sindicatos dos metroviários, Camila Lisboa, classificou a movimentação do governo Tarcísio, como uma estratégia para piorar os serviços públicos. 

“As concessões estão enriquecendo bilionários e deixando a população na mão com o trem atrasando, com descarrilamento, situações de insegurança no transporte sobre trilhos”, destacou.

Lisboa cita como exemplo, as falhas das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, já privatizadas.

Desde o início do ano, essas linhas apresentaram o triplo de falhas das geridas pelas estatais: foram 16 episódios, incluindo graves descarrilamentos.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público, que pede a extinção do contrato com a empresa.

Os sindicatos permanecem também com consulta pública para identificar como a população vê o projeto das privatizações com urnas espalhadas por toda a cidade

A categoria ressalta que se o governo “não retirar os editais dos pregões que visam terceirizar serviços realizados por metroviários, debateremos na assembleia do dia 3/10 [às 18h30] a forma de darmos continuidade na nossa luta”. 

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