Sociedade
Diáspora haitiana
Dois anos após o terremoto, milhares de imigrantes buscam nova chance na Amazônia e enfrentam preconceito, fome e dificuldade para se legalizar
Por José Eduardo Rondon
No centro de uma pequena igreja no extremo oeste do Amazonas, em Tabatinga (região da tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru), a figura de um homem chama a atenção. Ele caminha de um lado para o outro, fala espanhol e tenta dar uma palavra de conforto a cerca de cem haitianos que chegam ao local todos os dias por volta das 12 horas. A paróquia está lotada, mas o grupo de estrangeiros não quer rezar. Famintos, buscam a única refeição que conseguirão durante o dia.
“Todo dia é assim, eles vêm para matar a fome. Muitos chegam aqui sem comer há dois, três dias. São alimentos que a gente consegue arrecadar com conhecidos, com frequentadores da paróquia, com nosso próprio dinheiro”, diz o padre colombiano Gonzalo Franco, durante uma visita realizada em outubro à localidade.
Na definição dos haitianos, Gonzalo é o “protetor” deles em Tabatinga. O “anjo da guarda”. Para Gabriel, de 27 anos, que aguarda sentado em um dos bancos da igreja, se o padre não vivesse em Tabatinga, grande parte de seus compatriotas chegados à cidade “já teria morrido de fome”.
*Leia matéria completa na Edição 680 de CartaCapital, já nas bancas
Por José Eduardo Rondon
No centro de uma pequena igreja no extremo oeste do Amazonas, em Tabatinga (região da tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru), a figura de um homem chama a atenção. Ele caminha de um lado para o outro, fala espanhol e tenta dar uma palavra de conforto a cerca de cem haitianos que chegam ao local todos os dias por volta das 12 horas. A paróquia está lotada, mas o grupo de estrangeiros não quer rezar. Famintos, buscam a única refeição que conseguirão durante o dia.
“Todo dia é assim, eles vêm para matar a fome. Muitos chegam aqui sem comer há dois, três dias. São alimentos que a gente consegue arrecadar com conhecidos, com frequentadores da paróquia, com nosso próprio dinheiro”, diz o padre colombiano Gonzalo Franco, durante uma visita realizada em outubro à localidade.
Na definição dos haitianos, Gonzalo é o “protetor” deles em Tabatinga. O “anjo da guarda”. Para Gabriel, de 27 anos, que aguarda sentado em um dos bancos da igreja, se o padre não vivesse em Tabatinga, grande parte de seus compatriotas chegados à cidade “já teria morrido de fome”.
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