Justiça

A nova manifestação do governo Lula no STF sobre ação contra acordo da Braskem

A gestão alagoana argumenta que o acordo impediria a integral reparação dos afetados pela mineração de sal-gema

A nova manifestação do governo Lula no STF sobre ação contra acordo da Braskem
A nova manifestação do governo Lula no STF sobre ação contra acordo da Braskem
Registro aéreo do bairro Mutange, em Maceió (AL), em meio ao risco de colapso de uma mina da Braskem, em 1º de dezembro de 2023. Foto: Robson Barbosa/AFP
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A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta quinta-feira 11 ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer sobre a ação na qual o governo de Alagoas contesta a legalidade do acordo firmado entre a prefeitura de Maceió (AL) e a mineradora Braskem para ressarcimento de 1,7 bilhão de reais por prejuízos causados pela extração de sal-gema na capital alagoana.

Apesar de defender a rejeição da ação por motivos processuais, a AGU sustenta que o acordo deve garantir que entidades e pessoas prejudicadas pelo desastre ambiental e que não participaram do acordo possam reivindicar seus direitos na Justiça.

O parecer também aponta que a mineradora não pode obter ganhos financeiros com os imóveis danificados pelo desastre e que foram transferidos a partir do acordo.

“A leitura conjugada das cláusulas impugnadas nesta ação direta com o arcabouço antes referido leve à conclusão de que não houve quitação ampla, geral ou irrestrita dos danos provocados pela Braskem, assim também que a transferência de propriedade não lhe franqueou, em nenhum momento, a exploração lucrativa dos imóveis”, argumentou a AGU.

O governo de Alagoas alega que o acordo impediria a integral reparação dos afetados pela mineração de sal-gema, além de questionar trechos que autorizam a empresa a se tornar proprietária de terrenos e continuar a explorar a região devastada.

Os acordos foram assinados pela Braskem em 2019, 2020 e 2022 com Ministério Público Federal, Ministério Público de Alagoas, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública de Alagoas e prefeitura de Maceió.

(Com informações da Agência Brasil)

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