Em reunião nesta terça-feira 8 entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), questionou a postura do governo federal diante da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan.
Em 20 de outubro, o Ministério da Saúde anunciou a intenção de adquirir 46 milhões de doses do imunizante, em acordo fechado durante encontro com governadores. Um dia depois, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou Pazuello.
“Para o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, escreveu o presidente nas redes sociais.
Nesta terça, Dino perguntou a Pazuello se “essa intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac está mantida ou não”.
O ministro elogiou a parceria entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde, ressaltou a importância de aguardar os resultados da fase 3 dos testes do imunizante e disse que “as coisas estão acontecendo”.
“Quando tivermos tudo registrado e comprovado, vamos avaliar a demanda daquele momento para adquirir. Levar isso ao Planalto, aos órgãos que ultrapassam a minha posição. É muito importante que isso siga todos os passos”, disse Pazuello.
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