Política

Doria diz que primeiras doses da Coronavac chegarão em até uma semana

Anvisa autorizou compra de primeira remessa da vacina chinesa desenvolvida por Sinovac e Butantan

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Foto: GOVSP
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que chegarão até segunda-feira 2, em São Paulo, as seis milhões de doses da vacina chinesa desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira 26.

 

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu permitir que o montante de doses seja importado para o Brasil.

“As seis milhões de doses da vacina Sinovac Butantan já foram autorizadas pela Anvisa e chegarão até o final dessa semana, até domingo, no mais tardar segunda-feira, em voo especial aqui em São Paulo”, declarou o tucano.

Essa remessa trata de doses já virão prontas da China. Há a previsão de que o Brasil importe mais 40 milhões de doses, mas na forma de insumos, ou seja, a “matéria-prima” será comprada, mas as vacinas serão produzidas no Instituto Butantan.

“As outras 40 milhões são insumos. E nós estamos aguardando uma manifestação da Anvisa, que deverá ser nos próximos dias, isso foi mencionado pelo próprio presidente da Anvisa, almirante Antônio Torres, para que o Butantan possa ter estes insumos para a produção da vacina”, explicou.

“Produzir a vacina não significa que vamos aplicar a vacina sem a autorização da Anvisa, evidentemente. Mas acelera o processo. E nós estamos diante de uma corrida pela vida”, afirmou Doria.

O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, defendeu que a aplicação das vacinas contra a Covid-19 sejam incorporadas em programa a nível federal.

“Nós sempre continuaremos a acreditar que as vacinas para coronavírus estarão inseridas, todas que forem chanceladas por esse órgão regulador, no Programa Nacional de Imunização, de forma absolutamente democrática, como a vacina deve ser. Ela é um direito da população e um dever do Estado”, disse o secretário.

Doria não poupou o presidente Jair Bolsonaro: criticou a decisão de suspender a compra da vacina chinesa e disse adotar uma “demonstração de obediência à ciência e aos protocolos internacionais”.

O governador criticou ainda a disseminação de informações negacionistas sobre as medidas sanitárias e responsabilizou o “gabinete do ódio de Brasília”. Afirmou ainda que é “lamentável” que a vacina seja atacada por sua origem chinesa e disse que “apoia todas as vacinas aprovadas pela Anvisa”.

“Diariamente, morrem mais de 500 brasileiros. Ao término de dez dias, são cinco mil mortos. E alguns fazendo campanha contra a vacina? Não parece nem justo, nem correto, nem uma posição humanitária. E lamento que alguns membros do governo federal ainda adotem essa postura tão lamentável”, declarou Doria.

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