Política

TRE realiza o primeiro teste de integridade das urnas com biometria em São Paulo

O procedimento conta com a participação de eleitores voluntários, após a votação padrão, durante todo o dia

Sala de realização do primeiro teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria em São Paulo - Foto: Camila da Silva
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O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo realiza na manhã deste domingo 2, primeiro turno das eleições, o projeto-piloto do Teste de Integridade com biometria em seis urnas eletrônicas na capital de São Paulo. 

O procedimento conta com a participação de eleitores voluntários, após a votação padrão, durante todo o dia.  

As seis urnas eletrônicas usadas para o processo foram retiradas dos locais de votação sorteados no TRE-SP neste sábado 1. Não houve prejuízos para as seções pois novas urnas foram repostas. 

O Teste de Integridade é uma auditoria padrão realizada há 20 anos e permite que se comprove que os votos digitados na urna são de fato os computados na B.U (Boletim de Urna) ao final do processo. 

Nesse sentido, o incremento da biometria atua como um facilitador e evita que outra pessoa possa votar com uma identificação falsa, dificultando fraudes

Espaço para o teste com as urnas eletrônicas, as cédulas físicas mediante gravação contínua pelo TRE-SP — Foto: Camila Da Silva

No teste, o eleitor apenas desbloqueia a urna com a digital e um representante da Justiça Eleitoral e entidades fiscalizadoras pegam na urna de papel, uma cédula física com supostos votos, preenchida anteriormente por eles, e digitam na urna eletrônica. 

Maria Vivan, corregedora eleitoral do Tribunal, estreou o projeto piloto com o eleitor Felipe, médico paulista de 32 anos. 

Ele concordou em participar, não fez nenhuma resistência. O mais interessante é que ele não tinha a biometria cadastrada no TRE, ela foi importada do Detran e funcionou perfeitamente“, contou em conversa com CartaCapital.

Ao final das eleições, às 17h, também é comparada a quantidade de votos da urna de papel e o da urna eletrônica para certificar que são os mesmos. Os votos não são computados no resultado geral.

O casal Ana Cláudia Barbosa e Gustavo Barbosa, um dos eleitores voluntários, não conheciam o processo do teste de integridade mas elogiaram a iniciativa do Tribunal. 

“É uma maneira de tornar mais transparente as eleições e dar mais confiança às urnas eletrônicas”, afirmou Gustavo. 

Ana cita a repercussão dos comentários de fraudes eleitorais na internet e o casal afirma que apesar de não ter tido nenhum tipo de dúvidas sobre a veracidade das informações registradas pelos aparelhos acreditam que “quem tiver alguma dúvida vale fazer esse tipo de teste para que todo mundo fique confiante do processo”. 

Em São Paulo, 34 milhões de pessoas estão habilitadas para votar neste domingo. Este número representa 22% do eleitorado nacional, segundo o TSE, sendo que 53% são de eleitoras mulheres.

Vanessa Diniz, membro da comissão de auditoria e presidente das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje), explica também que os votos digitados no teste são feitos pelos agentes fiscalizadores para evitar a quebra de sigilo do voto do eleitor. 

Sobre os próximos passos depois do teste, ela esclarece que “depois deste processo acontecerão novas reuniões com o comitê de transparência para avaliar o resultado, qual a repercussão deste teste para os eleitores e só então faremos projeções para o futuro”. 

Outra novidade deste pleito é a distribuição de um resumo das zerésimas nas portas de cada sala de votação. Apesar da impressão ser um padrão, desta vez os eleitores podem conferir que as urnas estavam zeradas antes da votação na porta de sua seção eleitoral.

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