O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o comando do PDT no Ceará continuará com o senador Cid Gomes. O magistrado negou, em despacho assinado em 21 de novembro, um recurso apresentado pela executiva nacional do partido para manter a intervenção no diretório local.
A ação chegou à Corte por meio do deputado federal André Figueiredo, presidente nacional em exercício do PDT. O processo questionava a decisão de um juiz da 1ª instância, que derrubou a intervenção e devolveu o comando da sigla a Cid.
Toffoli não chegou a analisar o mérito da disputa. O ministro considerou que a ordem da 3ª Vara Cível de Fortaleza não violou o entendimento sobre autonomia partidária e ponderou que a sigla deve buscar a reversão da decisão através de recursos cabíveis, não por meio de uma reclamação constitucional no Supremo.
Este é mais um revés imposto ao grupo liderado por Figueiredo e pelo ex-governador Ciro Gomes. Ambos travam uma disputa marcada por vaivéns judiciais com Cid pelo comando do PDT no Ceará.
No centro da briga estão divergências sobre o posicionamento da legenda em relação à gestão do petista Elmano de Freitas e às eleições municipais do ano que vem. A crise, porém, se intensificou no ano passado, devido a divergências em torno da corrida ao governo cearense.
Ciro chegou a afirmar que a relação com Cid, neste momento, é “a pior possível”. Enquanto o senador busca retomar a aliança com os petistas, em troca do apoio na disputa pela prefeitura de Fortaleza, o ex-presidenciável resiste e defende a reeleição do atual prefeito.
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