Política

Juiz suspende intervenção e devolve o comando do PDT do Ceará a Cid Gomes

Após a intervenção, o deputado André Figueiredo, presidente nacional em exercício, havia assumido também a chefia da sigla no estado

Racha na família Gomes - Cid e Ciro brigaram nas eleições de 2022 e agora travam nova disputa pelo comando do PDT no Ceará - Waldemir Barreto/Agência Senado
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A Justiça do Ceará suspendeu a intervenção da Executiva Nacional do PDT no diretório estadual do partido, decisão que, na prática, devolve o comando local da legenda ao senador Cid Gomes.

O juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, entendeu haver “perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo” e determinou a imediata suspensão da intervenção, aprovada no fim de outubro. A decisão foi assinada na última sexta-feira 10.

Com a retirada de Cid, o deputado federal André Figueiredo (CE), presidente nacional em exercício, assumiu também a chefia do PDT no Ceará.

Na semana passada, o partido divulgou um documento a apontar o ex-governador Ciro Gomes como o responsável pela proposta de intervenção, ocorrida em 27 de outubro.

A ata da reunião extraordinária registrou o momento em que “Ciro sugere que a única forma de conciliação seria a nacional estabelecer uma dinâmica e intervir com uma comissão executiva mista no diretório pedetista do estado do Ceará”.

A ação acontece em meio a uma disputa entre os irmãos Ciro e Cid e envolve, entre outros pontos, discordâncias sobre a estratégia de se aliar ou não ao PT nas eleições municipais de 2024. A crise, porém, se intensificou no ano passado, devido a divergências em torno da corrida ao governo cearense.

Ciro chegou a afirmar que a relação com Cid, neste momento, é “a pior possível”. O ex-presidenciável defende a reeleição de Sarto Nogueira (PDT) para a prefeitura de Fortaleza, enquanto o senador busca uma aliança com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).

Nesta segunda-feira 13, em entrevista à Rádio O Povo CBN, Figueiredo disse não ver condições de Cid permanecer no PDT. “O que ele está fazendo é destruir o partido, seja na imagem negativa nos noticiários, seja na pressão indevida sobre nossos parlamentares e nossos prefeitos. Então, não tem mais como ele ficar”, argumentou.

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