Política

Terroristas ateiam fogo em trecho da Marginal Tietê em SP; PM desbloqueia a via

Bolsonaristas jogaram entulhos e pneus na via expressa um dia após os atos terroristas em Brasília

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) bloquearam a Marginal Tietê, principal via expressa de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 9, com entulhos e pneus. 

A ação pretendia proibir a passagem de carros na via que interliga diversos bairros e rodovias que passam pela capital paulista. 

A interdição em São Paulo aconteceram poucas horas após os atos terroristas que depredaram os prédios sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

O bloqueio, que se iniciou ainda antes das 6h da manhã, foi liberado pela Polícia Militar poucas horas depois. 

Como mostrou CartaCapital, antes de invadirem a Praça dos Três Poderes, bolsonaristas esperavam o apoio de caminhoneiros para parar o País após os atos de terrorismo.

A reportagem esteve no QG horas antes dos golpistas partirem em direção à Esplanada dos Ministérios em protesto contra a vitória do presidente Lula (PT).

O plano inicial era que a multidão saísse do local por volta das 13h e, segundo manifestantes, ultrapassasse as barreiras das forças de segurança quando a aglomeração golpista atingisse um número de pessoas que tornasse inviável a ação da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional.

“Os caminhoneiros têm que fechar as estradas. Nós seguramos por aqui”, disse um bolsonarista durante a concentração no QG. “Trouxe máscara e proteção para balas de borracha”, confessou outro militante.

Pela manhã, havia um número maior de bolsonaristas do que nos últimos dias. “Nós não vamos quebrar. Vamos entrar [na Esplanada] em uma casa que é nossa”, disse um dos participantes que veio do interior de São Paulo. “A ideia é juntar muita gente para invadir”.

Algumas horas após a invasão da Praça dos Três Poderes, o presidente decretou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O petista classificou os atos como fascistas.

A avaliação do governo é que tanto o governador Ibaneis Rocha (MDB) quanto o secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, sabiam com antecedência o que estava sendo planejado. Torres foi exonerado.

Apoiadores de Bolsonaro admitiram que contavam com a condescendência de policiais militares. “Eles não falam abertamente, mas acenam positivamente com a cabeça”, disse um bolsonarista.

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