Política

Tarcísio diz que Google indica Haddad como pior prefeito, e petista responde: ‘Digita genocida’

Questionado por CartaCapital na saída do debate, Tarcísio de Freitas se pronunciou sobre declaração de Haddad: ‘É um direito que ele tem’

Os candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) em debate na Band. Foto: Reprodução
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Primeiros colocados nas pesquisas eleitorais na disputa pelo governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) se confrontaram em relação às procuras de seus nomes no Google.

Em determinado momento do debate na Band, Freitas disse que o site de buscas indica Haddad como pior prefeito de São Paulo. O ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a destacar a declaração em sua rede social.

“Vou pedir para todo mundo entrar no Google e digitar aí: pior prefeito de São Paulo. Depois me falem as respostas”, provocou o candidato bolsonarista.

Momentos depois, Haddad aproveitou o seu tempo de resposta para Rodrigo Garcia (PSDB) e dirigiu-se a Freitas.

“Antes de mais nada, como eu fui agredido aqui pelo Tarcísio, quem for ao Google, digita genocida”, devolveu o petista. “Vocês vão ter uma surpresa também, para saber quem matou mais de 600 mil brasileiros por não ter comprado a vacina quando ela lhe foi oferecida.”

O petista continuou: “Pior do que isso, Tarcísio, foi cortar o auxílio emergencial antes de vacinar as pessoas. Vocês são responsáveis pela crise sanitária que nós estamos vivendo.”

O ex-prefeito de São Paulo disse ainda lamentar que o adversário bolsonarista tenha adotado “tom de agressividade” num momento inicial do debate.

Ao sair da emissora, Freitas foi questionado por CartaCapital sobre o ato de Haddad ao citar a palavra “genocida”.

“É um direito que ele tem”, afirmou o candidato, em entrevista a jornalistas. “Eu citei o Google e o pior prefeito da história de São Paulo. Só dá Haddad mesmo quando você cita o pior prefeito.”

Na sequência, Freitas defendeu a atuação de Bolsonaro na pandemia e disse ainda que a vacinação no Brasil é um “case de sucesso”, ainda que especialistas tenham criticado o governo por atraso na vacinação.

“O governo federal investiu mais de 30 bilhões de reais na compra de vacinas. Passou mais de 450 bilhões para o combate à pandemia em recursos ordinários e mais de 150 bilhões de recursos extraordinários. Fez o primeiro contrato para a compra de vacinas em junho de 2020. Fez um aporte sem precedentes para o SUS, cuidou da atenção primária, deixou como legado mais de seis mil leitos de UTI.”

E voltou a se referir diretamente a Haddad: “Ele pode falar o que ele quiser, mas os fatos se impõem, e a nossa missão é mostrar os fatos como eles são”.

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