Política

Sessão da CPI do MST chega ao fim após Caiado mandar deputado do PT ‘calar a boca’

Em outro momento, um deputado bolsonarista se posicionou em frente a parlamentares do PSOL para impedir que elas vissem a audiência

Foto: Reprodução/TV Câmara
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A sessão desta quarta-feira 31 da CPI do MST foi encerrada de forma abrupta após o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), mandar o deputado Paulão (PT-AL) se calar. O petista havia levantado questionamentos sobre os doadores da campanha eleitoral de Caiado.

“Cala a sua boca, que eu estou falando. Não faço parte das suas bandalheiras. Vim aqui para falar sobre o MST e vocês querem falar do CPF das pessoas. Me respeite”, disse o governador.

O desrespeito de Caiado revoltou deputados governistas. O clima se acirrou e o presidente da comissão, Coronel Zucco (Republicanos-RS), encerrou a audiência.

Em outro momento, o bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) se posicionou em frente às deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), a fim de impedir que elas vissem a sessão e olhassem para Zucco e Caiado.

A enfermeira e ativista Líbia Bellusci, presente na Câmara, saiu em defesa das parlamentares do PSOL e Zucco determinou que ela fosse retirada do plenário. A decisão de expulsá-la gerou um novo bate-boca entre governistas e oposicionistas.

“Tem um monte de gente gritando ali atrás e ninguém faz nada. Um deputado veio para cima de duas deputadas mulheres e vocês não fizeram nada”, reagiu Bomfim. Zucco, então, recuou.

Mais tarde, porém, a ativista voltou a criticar uma declaração de Caiado e Zucco ordenou que ela deixasse o plenário. Desta vez, Bellusci saiu da Câmara acompanhada de agentes da Polícia Legislativa.

O Ministério Público Eleitoral já enviou uma representação à Procuradoria-Geral da República para apurar a prática de de violência política de gênero em um episódio envolvendo o silenciamento de Sâmia Bomfim na CPI.

Na última quinta-feira 23, o microfone da deputada foi cortado por Zucco, após ela apontar uma investigação contra o parlamentar por envolvimento em atos antidemocráticos.

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