Política
Santos Cruz: A capacidade intelectual dos bolsonaristas é chamar alguém de comunista
‘Bolsonaro é a destruição da direita no Brasil’, afirmou o ex-ministro que agora faz campanha para o ex-juiz Moro

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz reforçou que fará campanha para Sergio Moro (Podemos) e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro. Em entrevista à revista Crusoé, o militar comparou os dois candidatos e rebateu as críticas que recebe dos aliados do ex-capitão.
“[Bolsonaro e Moro] São duas pessoas completamente diferentes. Um tem medo de responsabilidade enorme, não assume uma responsabilidade. O outro foi a única pessoa que enfrentou, julgou e submeteu sua decisão a tribunais superiores, pessoas influentes, ricas, poderosas, numa estrutura de Justiça no Brasil que realmente quem tem poder e dinheiro, consegue protelar”, afirmou em defesa do ex-juiz, que foi considerado parcial pelos tribunais superiores e teve as decisões anuladas no âmbito da Lava Jato.
Desde que deixou o governo, Santos Cruz passou a ser fritado por bolsonaristas. Recentemente, foi chamado de comunista, assim como Moro, por aliados do governo. Sobre isso, o general diz ser ‘inimaginável’ que ele e o ex-juiz sejam comunistas ou mesmo de esquerda.
“A capacidade intelectual máxima dos extremistas é chamar alguém de comunista. É a única coisa que eles sabem fazer. Quando não tem argumento nenhum, chama de comunista. É gente medíocre”, destacou.
“Nosso problema é de gente de baixo nível. Esse pessoal não é de direita. Estão destruindo a direita no Brasil. Bolsonaro é a destruição da direita no Brasil. Disseram que Moro é comunista, o que é algo inimaginável”, acrescentou.
Santos Cruz, agora filiado ao Podemos, disse ainda não saber se irá concorrer a um cargo eletivo em 2022. Mas se mostrou disposto a aceitar um projeto político no partido. Ainda na entrevista, teceu elogios ao vice-presidente Hamilton Mourão.
Sobre quem sairá vitorioso na corrida eleitoral no ano que vem, evidentemente, disse apostar em Moro, sem, no entanto, citar as pesquisas eleitorais que mostram o ex-juiz ainda bem distante de Lula (PT) e Bolsonaro.
“Entrei [no Podemos] porque acredito que o Sergio Moro vai ganhar. Se a gente trabalhar certo, se der o recado certo e se mostrar para a população que temos que parar com esses estelionatos eleitorais a cada eleição. Senão, não iria me expor”, disse o ex-bolsonarista.
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