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Questões locais não podem impedir aliança de PSB com Lula, defende Paulo Câmara

Governador de Pernambuco e vice-presidente do PSB defendeu a formação de uma união nacional com o petista que seja independente de palanques locais

Questões locais não podem impedir aliança de PSB com Lula, defende Paulo Câmara
Questões locais não podem impedir aliança de PSB com Lula, defende Paulo Câmara
O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O governador de Pernambuco e vice-presidente do PSB, Paulo Câmara, defendeu nesta terça-feira 18 que a aliança nacional entre PT e seu partido não seja dificultada por ‘questões locais’. Para ele, é preciso primeiro garantir que o PSB apoiará a candidatura de Lula e depois avançar em apoios regionais entre as siglas para os demais candidatos. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

“Há um entendimento hoje majoritário no partido da importância de apoiarmos a candidatura do ex-presidente Lula em 2022, inclusive uma posição que eu defendo. Tenho um otimismo grande de que será possível fazer essa aliança no âmbito nacional e continuarmos discutindo questões locais”, disse.

“Mas as questões locais não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior que, no entendimento hoje, é estarmos muito unidos em favor do Brasil em torno da candidatura do presidente Lula”, acrescentou na defesa.

As questões locais a que Câmara se refere são consideradas entraves pelos partidos para uma aliança nacional. Nas últimas conversas entre petistas e pessebistas, não houve acordo em ao menos dois estados, Pernambuco e São Paulo. No estado do Nordeste o PT quer lançar Humberto Costa para suceder Câmara. Já o PSB defende a manutenção do posto com um nome do partido, ainda que a definição do candidato não tenha acontecido. Na entrevista, o atual governador defendeu a posição da legenda.

“O nosso desejo para 2022 é que o candidato ao Governo de Pernambuco seja do PSB”, disse o político. Apesar disso, Câmara garantiu ter boas relações com Costa e acredita que o ‘obstáculo’ será superado em breve, até o fim de janeiro.

“Nós tivemos juntos ao PT em várias oportunidades. Tive a honra em 2018 de ser candidato à reeleição com o senador Humberto Costa como candidato ao Senado na nossa chapa, não estivemos juntos em 2020, mas há uma clara disposição tanto do PT como do PSB de estarmos juntos em 2022, juntos em favor do presidente Lula e juntos aqui na nossa sucessão”, destacou.

Em São Paulo é onde reside o maior entrave para a aliança. No estado, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad, já o PSB pretende lançar Márcio França ao governo do estado. Apesar da defesa de Câmara de que um palanque regional não pode impedir a aliança em torno de Lula, a definição da candidatura em São Paulo, ao que tudo indica, será o ponto-chave do acordo entre petistas e pessebistas.

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