Política

Alexandre Padilha toma posse como ministro da Saúde de Lula

Deputado e médico, o petista já ocupava um cargo na Esplanada e era o responsável pela articulação política do governo

Alexandre Padilha toma posse como ministro da Saúde de Lula
Alexandre Padilha toma posse como ministro da Saúde de Lula
Alexandre Padilha e o presidente Lula (PT). Foto: Gil Ferreira/ ASCOM -SRI
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O presidente Lula (PT) empossou Alexandre Padilha nesta segunda-feira 10 como seu novo ministro da Saúde. Ele substitui Nísia Trindade, demitida após mais de dois anos.

Padilha é médico e se elegeu deputado federal por São Paulo em 2018, cargo para o qual foi reeleito em 2022 e do qual se licenciou para se tornar o ministro das Relações Institucionais, em 2023. No cargo, foi o responsável pela articulação política da atual gestão com o Congresso Nacional.

Ele já havia ocupado o posto de articulador de Lula em 2009, durante o segundo mandato do presidente. Sua participação no governo prosseguiu com a chegada de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, mas como ministro da Saúde.

Foi ele o responsável pela implementação das principais marcas de Dilma na saúde: o programa Mais Médicos e a ampliação dos atendimentos do Farmácia Popular.

O Mais Médicos, lançado em 2013 por Padilha, foi responsável por levar profissionais a regiões isoladas e carentes de atendimentos. O programa também ficou conhecido pela presença de cubanos, que passaram a trabalhar no Brasil após passarem por uma validação de diplomas.

A parceria foi duramente questionada pela oposição e pela extrema-direita, mas deu novo gás ao programa, que cumpriu o objetivo de ampliar a presença do SUS nos rincões brasileiros.

No Ministério da Saúde, Padilha também foi responsável por turbinar o número de atendimentos pelo Farmácia Popular, feito que o governo Lula 3 tenta repetir em 2025, conforme indicou o presidente em pronunciamento de rádio e TV exibido em 24 de fevereiro.

Além de ministro, Padilha já ocupou cargos na Organização Mundial da Saúde e na Funasa, onde foi diretor de saúde indígena.

Na política, o novo ministro da Saúde já se aventurou na disputa pelo governo de São Paulo, em 2014, mas acabou derrotado por Geraldo Alckmin, então integrante do PSDB.

Após a derrota, o médico foi escolhido pelo então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para comandar a Secretaria Municipal de Saúde. Nas eleições como deputado, recebeu pouco mais de 87 mil votos em 2018 e mais de 140 mil votos na disputa de 2022.

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