Política
Por medo de violência, apenas 13% dos eleitores têm participado de campanhas, diz pesquisa
O crescimento dos casos de violências deixou marcas negativas na participação dos eleitores
O mais recente levantamento do Ipespe, realizada pela Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais mostrou que eleitores têm deixado de participar das campanhas políticas por medo de violência.
Entre os entrevistados, 13% afirmou que participa de alguma maneira das campanhas. Outros 43% respondeu que têm evitado participar mais do que em outras campanhas por receio de violência política.
Cerca de 38% dos eleitores dizem que evitam declarar seus votos em locais públicos.
Os dados do levantamento corroboram para a pesquisa da Quaest que apontou que eleitores do ex-presidente são os mais receosos em declarar seu candidato, tanto em pesquisas, quanto em público.
Ao menos 51% dos apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmaram que estão evitando usar adesivos, colocar bandeiras ou manifestarem sua escolha nas redes sociais.
Esse comportamento é mais frequente entre as mulheres, os eleitores de menor instrução e os de renda mais baixa.
Entre os eleitores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o receio de consequências violentas decorrentes de manifestações políticas é menor. Apenas 31% afirmou que tem evitado se envolver na campanha à reeleição.
Segundo o levantamento, Lula está na liderança da disputa com 45% das intenções de voto, contra 35% de Bolsonaro.
Os pesquisadores do Ipespe ouviram 1.100 eleitores de 14 a 16 de setembro. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa está registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-08883/2022. Custou R$ 46.200,00 e foi paga pelo próprio Ipespe, segundo dados da Justiça Eleitoral.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.