Política

Plano de governo de Bolsonaro para os próximos anos não cita combate à fome e à corrupção

O documento obtido pela revista Piauí é diferente daquele apresentado pelo candidato à reeleição ao TSE

Brazilian President and re-election candidate Jair Bolsonaro greets supporters during a motorcade on the eve of the presidential election, in Sao Paulo, Brazil, on October 1, 2022. - Brazilians go to the polls Sunday in South America's biggest economy, plagued by gaping inequalities and violence, where voters ar expected to choose between far-right incumbent Jair Bolsonaro and leftist front-runner Luiz Inacio Lula da Silva, any of which must garner 50 percent of valid votes, plus one, to win in the first round. (Photo by ERNESTO BENAVIDES / AFP)
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Um plano de governo para os próximos anos preparado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados não cita temas como combate à fome, políticas públicas para minorias e luta contra a corrupção. A informação é da revista Piauí.

De acordo com a publicação, o documento,  chamado de “Política Nacional de Longo Prazo”, define metas e caminhos para os próximos 26 anos. O texto foi feito tem sido feito pelo Palácio do Planalto, no âmbito da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (Seae), chefiada pelo almirante Flávio Augusto Viana Rocha. A intenção é enviar a proposta para o Congresso e converte-la em lei. 

Nas 65 páginas do plano se trata de segurança alimentar como uma questão de qualidade, mas ignora o aumento da fome no País. Já a desigualdade social apenas é citada como um grande gargalo para o crescimento econômico.  A diminuição da vulnerabilidade socioeconômica é apontada como um dos objetivos de longo prazo, e não uma prioridade imediata. 

O texto não tem nenhuma clareza sobre como os problemas educacionais e de saúde devem ser enfrentados.  A menção genérica é de “universalizar o acesso à educação básica, possibilitando que todos os cidadãos tenham completado o ensino de nível médio”. 

O SUS também não aparece no documento. Atualmente, o governo federal promove cortes sequenciais de programas como o Farmácia Popular e outros projetos.

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