Política

PGR pede acesso a dados bancários sigilosos da CPMI do 8 de Janeiro

Subprocurador Carlos Frederico Santos solicitou o compartilhamento dos dados bancários brutos no Sistema DW e no Simba

O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), e a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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A Procuradoria-Geral da República solicitou, nesta semana, acesso a dados sigilosos da CPMI do 8 de Janeiro. O pedido é uma das primeiras providências das autoridades após o recebimento do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Em ofício enviado ao gabinete da parlamentar, o subprocurador Carlos Frederico Santos solicitou o compartilhamento dos dados bancários brutos armazenados no Sistema DW.

O Sistema DW é uma base de dados na qual os lotes do sigilo bancário são carregados e disponibilizados aos usuários, por meio da STA, o Sistema de Transferência de Arquivos do Banco Central.

Também foram requeridos os dados armazenados no Simba, o Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias, por meio do qual a Polícia Federal recebe os dados bancários em paralelo.

No documento, obtido por CartaCapital, o subprocurador ressaltou que “os dados ora solicitados são essenciais à análise do relatório final da CPMI”.

Segundo apurou a reportagem, o acesso deve ser liberado ainda nesta quarta-feira 1º, por meio de um link. Documentos ostensivos e atas já estão em posse da PGR.

Apresentado em setembro, o parecer de Eliziane sugeriu o indiciamento de 61 pessoas, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após a aprovação do relatório, a senadora realizou um “Tour da Democracia”, durante o qual visitou instituições para divulgar a conclusão das investigações.

Como a CPMI tem apenas competência investigativa, e não punitiva, é necessário que autoridades determinem medidas para responsabilizar eventuais culpados pelos atos antidemocráticos.

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