Política

PF prende suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram levados pela Polícia na manhã deste domingo; eles foram apontados como mandantes do crime na delação de Ronnie Lessa

PF prende suspeitos de mandar matar Marielle Franco
PF prende suspeitos de mandar matar Marielle Franco
Marielle Franco. Foto: Dayane Pires/CMRJ
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Os três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 2018, foram presos pela Polícia Federal na manhã deste domingo 24. São eles:

Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação batizada de Murder Inc.. A operação foi deflagrada por ordem da Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF).

Além das três prisões, foram expedidos outros 12 mandados de busca e apreensão, parte deles mira a sede da Polícia Civil do Rio e o TCE-RJ. O delegado Giniton Lages, primeiro a investigar o assassinato, seria um dos alvos da busca.

A ação deste domingo, além de prender os supostos mandantes, também apura, segundo a PF, os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

O nome dos três presos neste domingo aparece na delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar autor dos disparos. Ele, em ao menos dois depoimentos, revelou detalhes do caso. Teria apontado, por exemplo, a suposta motivação do crime. A suspeita é de que o assassinato esteja ligado ao modelo de expansão territorial da milícia.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã da vereadora, comentou a operação deste domingo nas redes sociais.

“Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, escreveu.

Em seguida, Anielle agradeceu PF, governo federal, MPF e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF e responsável por expedir as ordens de prisão.

Outro lado

O advogado de Domingos Brazão, Ubiratan Guedes, afirmou, na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro (PFRJ), que não procede a acusação de que seu cliente foi um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Guedes afirmou que Domingos Brazão “não conhecia Marielle, não tinha nenhuma ligação com Marielle”. Segundo o advogado, agora, cabe à defesa provar a inocência de seu cliente.

A defesa de Chiquinho ainda não comentou.

Já Barbosa deve ter sua defesa comandada por advogados ligados à Adepol – associação de delegados da Polícia. Representantes da entidade estiveram na sede da PF, mas informaram não terem comentários até acesso ao provável cliente e à documentação da investigação.

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