Economia

Campos Neto insiste em reclamar da mudança na meta fiscal do governo

Sai de cena o superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto, entra o déficit zero

Comissão havia marcado para 27 de setembro o exame do processo. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira 17 que mudanças na meta fiscal tornam mais “custoso” o trabalho da autoridade monetária.

A declaração vem à tona dois dias após o governo Lula (PT) anunciar um ajuste na meta para 2025: sai de cena o superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), entra o déficit zero.

“O problema é que a âncora fiscal e a monetária são muito relacionadas. Se você perde credibilidade ou se você está indo para um cenário de maior incerteza sobre a âncora fiscal, isso torna mais custoso o trabalho do outro lado”, disse o banqueiro em evento em Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ao Congresso Nacional na última segunda, a meta fiscal para 2025 será de déficit zero.

Inicialmente, o arcabouço fiscal previa um superávit de 0,5% do PIB no ano que vem. O superávit primário representa o resultado positivo das contas do governo, sem considerar os juros da dívida pública.

Na prática, o País poderá registrar um resultado inferior à meta em 2025 sem desrespeitar o arcabouço, uma vez que a regra oferece uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos. Em teoria, porém, o objetivo do ano que vem será o mesmo de 2024.

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