Política

O que Lula e aliados discutiram sobre segurança um dia após assassinato no Paraná

A CartaCapital, presentes na reunião relataram que o ex-presidente tratou a segurança como um dos temas mais relevantes

Foto: RAFAELA ARAUJO/AFP
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O ex-presidente Lula (PT) não minimiza a importância de garantir a segurança de sua campanha e dos militantes que endossam o seu nome na disputa presidencial deste ano. Ao mesmo tempo, o líder das pesquisas eleitorais não deseja provocar pânico ou inibir a participação de apoiadores em atos públicos.

Lula se reuniu nesta segunda-feira 11 com seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), representantes de centrais sindicais e movimentos sociais e líderes dos partidos que compõem a coligação Vamos Juntos pelo Brasil: PSB, PV, PCdoB, PSOL, Rede e Solidariedade.

O encontro ocorreu em São Paulo um dia depois de Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal e bolsonarista fanático, assassinar Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR). A reunião já estava agendada antes de o crime ocorrer.

A CartaCapital, presentes na reunião relataram que Lula tratou a segurança como um dos temas mais relevantes.

“O Lula disse: ‘Olha, não vamos responder o ódio com o ódio. Ao mesmo tempo, não vamos deixar os nossos militantes e simpatizantes inibidos de participar por causa da violência'”, narra o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah. “Ele disse que não vamos aceitar provocação e vamos levar a voz do povo e ter debates importantes no Brasil inteiro. O primeiro grande evento será na cidade de São Paulo, no começo de agosto. Outros grandes eventos vão acontecer.”

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirma que a disseminação de mensagens de ódio “é uma preocupação da coordenação da campanha”. Na reunião, os partidos encaminharam uma reação institucional, a começar por uma rodada de diálogo com o Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira 12.

Também presente na reunião, a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, diz que Lula teve “uma participação ativa e firme”.

“Teve a preocupação de não causar pânico, porque esse é o jogo que interessa ao bolsonarismo, mas de reagir com amplitude e de levantar a bandeira da paz”.

Não houve, portanto, sinalização de mudanças concretas na estratégia de segurança de Lula. Alguns dos atos públicos recentes promovidos por ele e aliados, no entanto, registraram episódios que acenderam o alerta.

Na semana passada, um homem foi detido na Cinelândia, no Rio de Janeiro, após lançar um artefato montado com uma garrafa PET e um fogo de artifício contra apoiadores do PT que aguardavam para participar de um evento com a presença de Lula (PT).

Em junho, três homens usaram um drone para despejar um líquido malcheiroso sobre apoiadores do ex-presidente. Na ocasião, eles foram detidos e confessaram o crime, mas foram liberados. Posteriormente, após novos desdobramentos, um dos responsáveis voltou a ser detido.

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