Justiça

Juiz suspende julgamento de bolsonarista que matou petista no Paraná

A defesa de Jorge Guaranho alegou que o julgamento não deveria ocorrer na Comarca de Foz do Iguaçu, devido à repercussão do crime

O policial Jorge Guaranho. Foto: Reprodução
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A Justiça do Paraná suspendeu na sexta-feira 26 o julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), em 9 de julho de 2022.

O julgamento estava agendado para a próxima quinta-feira 2. Não há uma nova data definida.

A suspensão acolhe um pedido da defesa do bolsonarista, sob a alegação de que o júri não deveria ocorrer na Comarca de Foz do Iguaçu, devido à repercussão do crime na cidade e à influência que isso poderia provocar.

“Ressalte-se que a vítima era guarda municipal e diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Foz do Iguaçu, sua companheira possui um cargo em Itaipu Binacional, e o corpo de jurados é composto por sete funcionários de Itaipu e 21 funcionários municipais de Foz do Iguaçu, o que pode influenciar na decisão dos jurados”, diz um trecho da decisão, assinada pelo desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci.

A liminar, contudo, não confirma a transferência de comarca e tem o objetivo de aprofundar os argumentos da defesa, segundo o juiz.

O assassinato aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, cujo tema era o então candidato a presidente Lula (PT).

Na ocasião, Guaranho passou de carro em frente ao salão de festas aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Eles discutiram e, mais tarde, o ex-policial penal voltou ao local e atirou contra o guarda municipal.

O petista, já ferido no chão, baleou o bolsonarista, que ficou internado em um hospital antes de ser transferido para a prisão.

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