O que a PRF encontrou nos ônibus que transportavam terroristas bolsonaristas

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 55 ônibus que transportaram os participantes dos atos terroristas em Brasília no domingo 8. Entre os itens encontrados pela corporação estão armas de fogo, munições, projéteis de bomba de gás lacrimogênio e até um cartão de acesso ao Gabinete de Segurança Institucional, localizado no Palácio do Planalto.

As apreensões aconteceram no Distrito Federal e em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Os terroristas bolsonaristas foram encaminhados às sedes da Polícia Federal nos estados.

Em Santa Maria, região administrativa do DF, os policiais interceptaram um veículo na BR-040 que seguia em direção a Minas Gerais. Nele, dois militares foram encontrados com armas de fogo e munições. Um deles chegou a reagir à abordagem com a utilização de spray de pimenta.

Também na BR-040, mas em Três Marias, no interior mineiro, a corporação encontrou com os bolsonaristas estojos de bombas de gás lacrimogêneo usadas e um cartão que dá acesso ao GSI, órgão cuja atribuição é cuidar da segurança do presidente da República.

Mais cedo, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que mais de 1,5 mil pessoas foram presas em flagrante ou detidas em decorrência da invasão dos prédios dos Três Poderes na capital federal. Dino ainda declarou que o Brasil “caminha para a absoluta normalização institucional, com muita velocidade”.

Em reação, a PF abriu três inquéritos para investigar a depredação promovida pelos golpistas. Cada um deles será voltado à ação bolsonarista em um local específico: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.

Ainda segundo Dino, financiadores dos atos já foram identificados pela PF e pela PRF. Ele, contudo, não revelou os estados, nem detalhou as quantias envolvidas no processo.

“O que é possível afirmar cabalmente é que havia financiamento. Nós temos a relação de todos os contratantes de ônibus. Todas essas pessoas serão chamadas a prestar esclarecimentos, porque são pessoas que contrataram ônibus e não eram para excursões turísticas”, disse.