Política

O périplo de Cláudio Castro por Brasília após nova crise na segurança do Rio

O governador chamou o incêndio de ônibus de ‘terrorismo’ e disse que o Brasil vive uma ‘mistura de México com Colômbia’

O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (Foto: CARLOS MAGNO/GOVERNO DO RJ)
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que terá uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, na quarta-feira 25, dois dias após o ataque a 35 ônibus e um trem na zona oeste da capital fluminense.

Em Brasília, Castro também deve se encontrar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da legislação penal sobre os crimes contra a segurança pública. 

A declaração foi concedida nesta terça-feira 24, em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle do estado.

O incêndio de 35 ônibus foi uma reação à morte de um miliciano durante uma operação policial.

Na coletiva, Castro defendeu a necessidade de reforçar as fronteiras do País.

“Essas armas e drogas não estão sendo produzidas aqui. Estão entrando pelas estradas federais, por portos e aeroportos. Só com integração a gente consegue resolver”, afirmou. “A situação da criminalidade no Brasil, que tem um epicentro no Rio, como tem na Bahia, em São Paulo, virou uma questão nacional, com esse poder bélico e a questão da lavagem de dinheiro em geral”.

O governador do Rio também aposta na defesa de penas mais duras para obter apoio da população. 

“Ou a gente endurece a legislação ou se transforma nessa mistura de México com Colômbia”, declarou Castro. “Este não é um problema do Rio de Janeiro, é um problema do Brasil. O governo do Rio não faz acordo com bandido“.

“Outra frente importante que começo a capitanear é que a gente endureça a legislação federal. Crime de terrorismo tem de ter pena de 30 anos em regime fechado, sem progressão.”

Atualmente, a pena é de 12 a 30 anos, mas há possibilidade de os condenados ficarem em regime semiaberto. 

Apesar da atual emergência na segurança pública, duas semanas antes do ataque Castro sustentou que o Rio estava “longe de ser o local mais violento” do Brasil.

“Há uma fama. Infelizmente, o Rio de Janeiro passa por uma fama e isso vende likes, vende notícias, isso é extremamente divulgado”, disse Castro em 10 de outubro, em entrevista à GloboNews.

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