Política

‘O país vai parar novamente’, diz associação de caminhoneiros após aumento de preços pela Petrobras

Nota da Abrava manifesta indignação com novo reajuste anunciado pela estatal

Caminhoneiros criticam aumentos dos preços dos combustíveis. Foto: Agência Brasil
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A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores manifestou “indignação” após a Petrobras anunciar mais um aumento no preço dos combustíveis, nesta sexta-feira 17. Em nota, a entidade indicou a possibilidade de uma greve. O texto é assinado por Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, o presidente da Abrava.

Em nota, a Abrava criticou a política de preços adotada no governo de Michel Temer (MDB) e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). As regras, criticadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alinham os valores dos combustíveis no Brasil às oscilações do mercado internacional.

“Estamos alertando há muito tempo das consequências dessa política de preços da Petrobras e o caos econômico que ela está causando na sociedade”, declarou a Abrava.

Os caminhoneiros alegaram sobrecarga com as tarifas do diesel somadas aos gastos com a manutenção dos veículos. Os motoristas relatam dificuldades em arcar com os custos, “colocando em risco sua própria vida e de terceiros”.

A organização culpa Bolsonaro por não ter “reestruturado” a Petrobras e que, em vez disso, ter preferido dar “chilique”. Segundo a entidade, há possibilidade de uma paralisação.

“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável”, declarou.

Bolsonaro declarou à rádio 96 FM Natal que tenta articular a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra os dirigentes da Petrobras.

O presidente argumenta que a aplicação de uma mudança na política de preços dos combustíveis representaria uma intervenção na estatal. Ao mesmo tempo, o governo diz ter interesse em investigar a conduta do presidente da petrolífera, José Mauro Coelho, dos diretores e dos integrantes do conselho de administração, por conta do registro de lucros altos em meio a sucessivos reajustes nas tarifas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reivindicou a renúncia de Coelho nas redes sociais.

“Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!! Pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo”, escreveu o parlamentar.

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