Política
‘Nem é tanto assim’, diz Michelle Bolsonaro sobre salário de R$ 33 mil que receberá no PL
Ex-primeira-dama justifica remuneração alta como forma de se manter em viagens pelo Brasil
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira 16 que não acredita que seu salário como presidente do PL Mulher seja alto. Ela recebe o mesmo que um deputado federal, pouco mais de 33,7 mil reais.
Sobre a remuneração, Michelle disse que o valor não é volumoso para suas funções. “Não é tanto assim. Não é o valor líquido. E, se vou ter de viajar o país todo, preciso ter condições”, comentou em entrevista ao Correio Braziliense.
Ela, porém, não soube explicar qual será suas funções ou quando começa exatamente a sua agenda como presidente do PL Mulher. A expectativa do partido é de que ela faça viagens pelo Brasil para atrair filiações femininas. Ela foi oficializada no cargo nesta quinta-feira 16 por Valdemar Costa Neto.
“Não sei de nada ainda. Terei uma reunião para tratar disso. Eu ainda estou organizando a minha vida pessoal”, respondeu ao ser questionada sobre seus compromissos na legenda.
Vale ressaltar que ainda não se sabe ao certo como o PL fará para pagar a remuneração de Michelle, já que as contas do partido seguem bloqueadas pela Justiça desde que a legenda questionou, sem provas, a validade das eleições. Segundo informações divulgadas pelo partido até aqui, ela começará a receber os mais de 33 mil reais em abril deste ano.
A entrevista ao Correio foi concedida enquanto ela passeava em um shopping com a filha Laura Bolsonaro. Segundo o jornal, elas caminhavam tranquilamente no local, sem a companhia de apoiadores. Laura teria sido interrompida pela mãe ao reclamar de falta de segurança para a jornalista.
Na conversa, Michelle defendeu ainda que Jair Bolsonaro fique mais algumas semanas nos Estados Unidos, onde está desde o final do ano passado após ser derrotado por Lula (PT). “Acho que ele precisa descansar mais, continuar por lá. Estou com ele há 15 anos e nunca o vi descansar”. A expectativa é de que ele retorne em março, após participar de um congresso de extrema-direita ao lado de Donald Trump.
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