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Congresso de extrema-direita terá encontro entre Trump e Bolsonaro

Ingressos para evento ultraconservador podem chegar a 30 mil dólares

Foto: Agência Brasil
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Integrantes da extrema-direita dos Estados Unidos planejam promover um novo encontro entre os ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Os dois foram derrotados nas eleições de seus países e, em ambos os casos, seus apoiadores tentaram impedir com violência que eles deixassem o cargo. A ligação deles com os ataques terroristas é investigada pela Justiça dos dois países.

Trata-se da nova edição da Conferência de Ação Política Conservadora, a CPAC, na sigla em inglês. Trump já é um dos palestrantes confirmados para o evento e Bolsonaro, segundo o jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira 17, deve estar nas fileiras de convidados. Os políticos se encontrarão na ocasião, marcada para os 4 primeiros dias de março. Um organizador da CPAC chegou a dizer em entrevista a jornais norte-americanos, que será uma honra ter o ex-presidente brasileiro no evento para tratar da ‘batalha pela liberdade no Brasil e nos EUA’.

A participação da extrema-direita brasileira no evento não é uma novidade. Em 2020, Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do ex-presidente, foi um dos palestrantes. Durante o último governo, ele também promoveu uma edição paralela do evento em solo brasileiro. O evento atraiu nomes como o extremista argentino Javier Milei e o chileno José Antonio Kast.

Realizado em Washington, a CPAC que deve reunir Bolsonaro e Trump terá ingressos na faixa de 295 dólares, o que na cotação atual ultrapassa os 1.500 reais. Há, porém, quem pague 30 mil dólares – mais de 150 mil reais – para ter o direito a lugares privilegiados e um jantar com os palestrantes.

A participação de Bolsonaro no evento pode adiar em alguns dias a volta do ex-capitão ao Brasil. A previsão atual é de que ele sairia do País no início de março, mas sem data confirmada. O ex-presidente está nos EUA desde o final de dezembro, após ser derrotado por Lula nas eleições brasileiras. Como entrou no País com visto diplomático, ele agora pleiteia uma mudança para o status de turista, o que autoriza ele ficar no País por mais algumas semanas.

Sua participação em eventos, vale lembrar, não pode ser remunerada, uma vez que ele solicita estadia como turista. Caso descumpra as regras, corre o risco de ser deportado. Não há, por enquanto, confirmação se as participações de Bolsonaro em eventos de direita estão sendo pagas. Em todos os casos, porém, há a cobrança de ingressos para ver o ex-capitão.

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