Política

Na Marcha para Jesus, Bolsonaro volta a insinuar que não aceitará derrota para Lula

Em Santa Catarina, presidente ignorou as pesquisas e afirmou que tem um exército de quase 200 milhões de pessoas

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a insinuar que pode não aceitar a eventual derrota para o ex-presidente Lula (PT) na eleição de outubro deste ano. O ex-capitão participou neste sábado 25 da Marcha para Jesus, em Balneário Camboriú (SC).

No discurso, o presidente ignorou os resultados das pesquisas eleitorais e ameaçou agir fora da Constituição caso o seu principal adversário no pleito nacional saia vitorioso na disputa.

“Sempre tenho falado das quatro linhas da Constituição. Se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, tomaremos as decisões que devam ser tomadas”, afirmou Bolsonaro. “Cada vez mais, tenho um exército que se aproxima das 200 milhões de pessoas em cada canto deste Brasil”.

Ao contrário do que diz o ex-capitão, levantamento do Datafolha, divulgado nesta semana, mostra que Lula está próximo de uma vitória no primeiro turno. O instituto também aponta que, entre os pré-candidatos, Bolsonaro é o que tem maior rejeição.

“Não podemos esperar chegar 2023 ou 2024 e olhar para trás e perguntarmos: ‘o que nós não fizemos para que chegássemos a essa situação?'”, declarou o presidente. “Somos a maioria. Vocês têm que dar o norte para nós. Não podemos aceitar passivamente aqueles que querem impor as suas vontades sobre nós.”

As recorrentes ameaças de Bolsonaro têm sido rebatidas por integrantes do Judiciário e do Legislativo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na sexta-feira 24 que “vamos ter o resultado eleitoral, seja ele qual for, respeitado“. “É assim que as coisas funcionam, e é assim que deve ser”, completou.

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