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Fachin sobre Bolsonaro: ‘Demonstra motivação política ou desconhecimento técnico’

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse que a contagem simultânea de votos já é feita nas eleições

Jair Bolsonaro e Edson Fachin. Fotos: Marcos Corrêa/PR - Nelson Jr./STF
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, respondeu nesta segunda-feira 13 o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que a contagem simultânea de votos já é feita nas eleições.  O magistrado não citou diretamente o ex-capitão, mas afirmou que quem questiona a Justiça Eleitoral “demonstra apenas ou motivação política ou desconhecimento técnico do assunto”.

Mais cedo, Bolsonaro atacou ministros do Supremo Tribunal Federal e colocou em xeque o sistema eleitoral brasileiro ao dizer, sem provas, que hackers teriam fraudado eleições de 2018.

“Quando se fala em golpe, há duas semanas, o ministro [Edson] Fachin convidou em torno de 70 embaixadores e fala pra eles, de forma indireta, exatamente o que você me disse, que o presidente estaria preparando um golpe e quer desacreditar o sistema”, afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio CBN do Recife. “E mais: ele pediu que, ao anunciar o resultado, os respectivos chefes de estado devem imediatamente reconhecer o ganhador. Ou seja, será que o retrato do final das eleições já está pronto no TSE”, distorceu o ex-capitão.

Bolsonaro ainda acusou Fachin de favorecer o ex-presidente Lula (PT).

“Qual foi o ministro relator que botou Lula em liberdade? Foi o Fachin, que é o presidente do TSE. Eu tenho que acreditar nele? Ele é um petista. Ele é um lulista. Ele deve favores ao Lula”, atacou o ex-capitão.

Em evento com magistradas em Brasília, Fachin reforçou que  “a Justiça Eleitoral está preparada para conduzir a eleição de 2022 de forma limpa e transparente, tal como temos feito há 90 anos”.

As declarações do ministro foram feitas após o TSE dar uma nova resposta ao Ministério da Defesa sobre a participação dos militares na auditoria do sistema eleitoral brasileiro.

Segundo o texto, desde 2021 já está autorizada a participação das Forças Armadas e outras entidades no processo de fiscalização e auditoria de softwares e hardwares usados durante as eleições.

Ao todo, a Corte cita 15 entidades, entre elas as Forças Armadas, que estariam autorizadas pela Resolução 23.673 a participarem de todo o processo. É preciso somente, destaca o texto, que sigam os procedimentos e calendário já estabelecidos no mesmo documento.

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