Moraes rejeita pedido para libertar ex-diretor da PRF investigado por blitze em 2022

Segundo o ministro, continuam a vigorar os requisitos para manter a prisão preventiva

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou um pedido para revogar a prisão preventiva do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Ele é suspeito de interferir nas eleições de 2022, por meio de blitze para atrapalhar o deslocamento de pessoas no segundo turno do pleito presidencial, especialmente no Nordeste.

“A efetividade das inúmeras e necessárias oitivas de agentes da Polícia Rodoviária Federal sobre eventual determinação de Silvinei Vasques, então Diretor-Geral da PRF, para realização de ‘policiamento direcionado’, pode ser prejudicada pela manutenção de liberdade do investigado”, escreveu Moraes. A decisão de 17 de dezembro é sigilosa e foi revelada nesta segunda-feira 2 pelo jornal O Globo.

Segundo o ministro, continuam a vigorar os requisitos para manter a prisão preventiva. Os advogados do ex-diretor da PRF, por sua vez, alegam que seu cliente não representa riscos para as investigações e enfrenta problemas de saúde.

Em outra frente, no fim de 2023, a Justiça Federal do Rio de Janeiro isentou Vasques em uma ação que investigava possível improbidade administrativa. Ele era réu desde novembro de 2022, acusado de usar o cargo para pedir votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na véspera do segundo turno, Vasques publicou nas redes sociais uma mensagem na qual defendia o voto no ex-capitão. A postagem foi apagada no dia da eleição, após repercussão negativa. 

Na decisão que isentou o bolsonarista, porém, o juiz federal José Arthur Diniz Borges argumentou que a publicação em um perfil privado não se confunde com publicidade institucional autorizada por agente público e custeada com recursos públicos.


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