Política
Moraes reage a ataques e diz que o Brasil garantirá a democracia com eleição limpa e urna eletrônica
Em congresso na Bahia, o ministro do STF mencionou a importância de combater o ataque de ‘milícias digitais’ contra a democracia


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, reforçou neste sábado 14 que a democracia no Brasil será garantida com eleições limpas e transparentes por meio das urnas eletrônicas.
Moraes participou do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador (BA), e mencionou a importância de combater o ataque de “milícias digitais” que atentam contra a democracia. Esses grupos, seguiu o ministro, “produzem conteúdo falso e notícias fraudulentas” e têm “o mesmo ou mais acesso que a mídia tradicional”.
Diante desse cenário, afirmou Moraes, citado pelo G1, o Poder Judiciário não vai “se acovardar” frente às milícias digitais e a “movimentos populistas”. Para ele, os ataques não são descoordenados e partem de um movimento que “tem muito dinheiro”.
“Isso foi sendo construído pelos movimentos populistas, principalmente pela extrema-direita.”
Na sexta-feira 13, no mesmo congresso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, também defendeu a atuação da Justiça ante ataques ao sistema eletrônico de votação. O ministro declarou que não permitirá “a subversão do processo eleitoral”.
Fachin não mencionou diretamente o presidente Jair Bolsonaro, que dobrou a aposta em declarações que tentam deslegitimar as eleições. Cobrou, porém, que “todos os Poderes digam, sem subterfúgios, que vão respeitar o processo eleitoral de outubro de 2022”.
“A nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral”, disse Fachin. “E digo, para que não tenham dúvida: para remover a Justiça Eleitoral de suas funções, terão que antes remover este presidente da sua presidência”.
E completou: “Diálogo, sim. Joelhos dobrados, jamais”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Paraná Pesquisas: em Minas, Lula lidera com 41%, Bolsonaro tem 33% e Ciro fica com 6%
Por CartaCapital
Após reação de Fachin, Bolsonaro diz que Forças Armadas ‘não servirão de moldura’ na eleição
Por CartaCapital
‘Fui o único a defender o contrário do que o mundo decidiu’, diz Bolsonaro sobre a pandemia
Por CartaCapital