Justiça

Moraes proíbe Mauro Cid de se comunicar com Bolsonaro e Michelle

‘A incomunicabilidade entre os investigados é absolutamente necessaria à conveniência da instrução criminal’, sustentou o ministro

Moraes proíbe Mauro Cid de se comunicar com Bolsonaro e Michelle
Moraes proíbe Mauro Cid de se comunicar com Bolsonaro e Michelle
Bolsonaro e Michelle, que luta - sem sucesso - para reverter a rejeição do ex-capitão entre as mulheres. Foto: Alan Santos/PR
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, proibiu o tenente-coronel Mauro Cid de se comunicar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros investigados.

Cid está preso desde maio, sob a suspeita de envolvimento em uma suposta fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19, inclusive o de Bolsonaro. A situação do militar porém, se complicou ainda mais com a operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo do ex-capitão. A conspiração golpista de 2022 também ajuda a emparedar o militar no Poder Judiciário.

Segundo Moraes, a análise dos dados encontrados no celular de Cid pela Polícia Federal apresentou novos fatos e pessoas envolvidas nas várias frentes de investigação. Os detalhes da decisão foram divulgados nesta sexta-feira 25 pela TV Globo.

“Evidentemente, neste caso, a incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessaria à conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”, escreveu o magistrado.

Em relatório enviado ao STF, a PF apontou ter identificado nos celulares de Mauro Cid e de sua esposa, Gabriela Cid, “várias mensagens postadas em grupos e chats privados do aplicativo WhatsApp, em que os interlocutores, incluindo militares da ativa, incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de estado após o pleito eleitoral de 2022, inclusive com financiamento aos atos ilícitos”.

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