Justiça

Moraes manda Aras se manifestar sobre relatório da PF que atesta vazamento de inquérito por Bolsonaro

A PGR tem 15 dias para responder; a PF concluiu que o ex-capitão divulgou uma investigação sigilosa com o objetivo de espalhar informações falsas

Moraes manda Aras se manifestar sobre relatório da PF que atesta vazamento de inquérito por Bolsonaro
Moraes manda Aras se manifestar sobre relatório da PF que atesta vazamento de inquérito por Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Foto: Andressa Anholete/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou nesta quarta-feira 2 à Procuradoria-Geral da República o relatório em que a Polícia Federal concluiu que o presidente Jair Bolsonaro divulgou uma investigação sigilosa, com o objetivo de espalhar informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Segundo a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, a ausência do ex-capitão, que deixou de cumprir uma ordem judicial para prestar depoimento na última sexta-feira 28, não atrapalhou os trabalhos da PF.

“Dessa maneira, abra-se vista dos autos ao Exmo. Procurador-Geral da República, para manifestação quanto ao relatório final da Polícia Federal e quanto à petição apresentada pelo Senador Randolfe Rodrigues, no prazo de 15 (quinze) dias”, diz o despacho de Moraes.

A petição de Randolfe mencionada por Moraes solicita a adoção das “medidas cabíveis para a competente persecução criminal no bojo dessa conduta típica, ilícita e culpável do Sr. Jair Bolsonaro”. O parlamentar da Rede se refere à ausência de Bolsonaro no depoimento à PF.

Ao divulgar o inquérito sigiloso, em 2021, Bolsonaro não apresentou comprovações de que o resultado do pleito de 2018 foi alterado. O Tribunal Superior Eleitoral também negou ocorrências de fraude.

A PF concluiu que, além de Bolsonaro, ajudaram no vazamento de dados o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens da Presidência da República.

Segundo a corporação, o ex-capitão teve “atuação direta, voluntária e consciente” na prática do crime de violação de sigilo funcional, que é a divulgação de documentos sigilosos aos quais teve acesso.

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