Política

Marina defende Lula e rebate fake news lançadas para minar o apoio ao petista entre evangélicos

‘Muitos dos que hoje dizem essa mentira como estratégia eleitoral até iam ao gabinete do presidente fazer oração com ele’, afirmou a ex-ministra

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A ex-ministra Marina Silva (Rede), candidata a deputada federal, rebateu nesta segunda-feira 12 as notícias falsas de que Lula (PT), se eleito presidente pela terceira vez, perseguiria cristãos ou fecharia igrejas.

As fake news que tentam minar o apoio ao petista especialmente no eleitorado evangélico marcaram o início da campanha e levaram o partido a montar uma estratégia para desmentir as alegações. Marina se manifestou sobre o assunto logo após anunciar seu apoio a Lula na eleição presidencial deste ano.

“Quando fui questionada sobre essa história de que Lula fecharia igrejas, disse que era uma mentira, porque ele foi presidente por dois mandatos e nunca se teve nenhuma notícia de nenhuma sobrancelha fechada para nenhuma igreja. Muitos dos que hoje dizem essa mentira como estratégia eleitoral até iam ao gabinete do presidente fazer oração com ele”, declarou a ex-senadora, ao lado de Lula e da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.

Segundo a líder da Rede, um desafio que o País tem de enfrentar é como lidar com uma mistura entre fundamentalismo político e fundamentalismo religioso. O caminho, disse Marina, é tratar “todos os brasileiros como cidadãos”.

“Os católicos são cidadãos, os evangélicos, os espíritas, os judeus, as pessoas que são de religiões de matriz africana e os ateus também. Somos um Estado laico, e o legado do Estado laico é uma contribuição da Reforma Protestante. O povo cristão não pode se apartar desse legado, imaginando que teremos no Brasil um governo teocrático e que vamos impor qualquer tipo de fé a quem quer que seja.”

Em agosto, no começo oficial da campanha, uma reportagem da Rádio CBN apontou ter se espalhado entre evangélicos o boato de que Lula fechará templos religiosos caso volte ao poder. Diante desse cenário, o PT acelerou o movimento para rebater as acusações.

Pastor da Assembleia de Deus, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) admitiu à emissora que tem apostado nessa pregação para “alertar” os seus seguidores. Neste mês, o PT acionou a 10ª Vara Cível de Brasília (DF) contra o parlamentar.

Além do “respeito a todos os cidadãos”, Marina Silva destacou nesta segunda a necessidade de políticas afirmativas para brasileiros que “historicamente precisam de reparação”. Mencionou, por exemplo, os indígenas, os negros, as mulheres e a população LGBT+.

“O maior mandamento de Jesus é o mandamento do amor, e é esse mandamento que deve ser sempre a orientação de quem professa, no caso, a fé cristã. Mas qualquer coisa que leve para o caminho do ódio e do exclusivismo político ou religioso não é boa para a democracia e para as religiões. É um desrespeito à Constituição.”

Marina também afirmou nunca ter transformado palanque em púlpito e ressaltou que a Constituição “assegura liberdade religiosa, o direito de crer ou não crer”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo