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Marcelo Arruda/ Em pratos limpos

Ao denunciar bolsonarista, MP reconhece a motivação política do crime

Baleado pela vítima, Guaranho tornou-se réu e recebeu voz de prisão tão logo saiu da UTI - Imagem: Redes sociais
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A Justiça acolheu a denúncia contra o agente penitenciário Jorge Guaranho, que assassinou a tiros o tesoureiro petista Marcelo Arruda, durante seu aniversário de 50 anos. Dessa forma, o atirador bolsonarista torna-se réu e passa a responder pelo crime de homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão. Ao contrário do entendimento da delegada Camila Cecconello, que concluiu o inquérito em apenas cinco dias, o promotor Luís Marcelo Mafra reconheceu que o crime teve motivação política. Mas, por não ter como alvo uma instituição do Estado, o assassinato não pôde ser enquadrado como crime político. O homicídio recebeu apenas a qualificadora de “motivo fútil”.

Antes de apresentar a denúncia, Mafra criticou a “pressa” da Polícia Civil em concluir o inquérito antes do previsto e solicitou uma série de laudos periciais. Um dos mais aguardados é a análise do celular do atirador bolsonarista, cujas conversas em aplicativos de mensagens podem revelar “se ele recebeu alguma orientação específica” ou se tinha acesso às imagens de câmeras de segurança do local da festa. Além disso, o MP e a Polícia Civil investigam se o crime tem relação com o suicídio de Claudinei Coco Esquarcini, de 44 anos. Funcionário de Itaipu e diretor da associação onde ocorreu a festa, ele é apontado como o encarregado pela instalação do sistema de câmeras de vigilância no local do crime. O celular dele também foi apreendido e será analisado pelo Instituto de Criminalística.

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