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EUA: deputados aprovam projeto para proteger casamento gay, apoiado pela maioria dos americanos

O texto, adotado por 267 votos a favor e 157 contra, protege o direito em nível federal e garante a validade do casamento realizado em estados que autorizam a união entre pessoas do mesmo sexo

Em 2015, nos Estados Unidos, a Suprema Corte legalizou o casamento gay em todo o país
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta terça-feira (19), um projeto de lei que visa proteger o casamento gay no país.

O projeto agora deve ser analisado pelo Senado, mas as chances dele ser adotado são restritas. Na Câmara dos Representantes, os democratas obtiveram o apoio de 47 republicanos. Já no Senado, somente dez republicanos apoiam a oposição. Até agora, apenas a senadora Susan Collins anunciou que votará a favor do texto.

Cerca de 71% dos americanos aprovam o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, incluindo eleitores do partido Republicano, mas os líderes religiosos são, em sua maioria, contrários à medida.

O texto votado nesta terça-feira revoga as leis anteriores que definem o casamento como uma união entre um homem e uma mulher e proíbe que os oficiais dos cartórios, em todos os estados americanos, discriminem os casais por conta do “sexo, raça, etnia ou origem.” O casamento homossexual é garantido por lei desde 2015 pela Corte Suprema dos EUA.

No último dia 24, a Corte Suprema cancelou a lei conhecida como Roe vs. Wade, que garante, desde 1973, o direito das americanas ao aborto, em nome do “respeito à privacidade.”

Na época, o juiz conservador Clarence Thomas, da Corte Suprema, disse que essa revogação poderia levar à análise de decisões relativas ao direito à contracepção e ao casamento homossexual, ou invalidar as leis de estados americanos que proíbem as relações homossexuais.

Desde então, a ala progressista do Congresso busca votar projetos de lei para proteger esse e outros direitos. “Não podemos ficar de braços cruzados enquanto conquistas obtidas pelo esforço de movimentos pela igualdade são destruídos de forma sistemática”, justificou a democrata Jerry Nadler.

Dois textos foram votados na semana passada para proteger o direito ao aborto e foram adotados pela Câmara dos Representantes. Outro projeto, sobre a contracepção, deve ser votado nesta semana.

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