Política

Mandetta admite se lançar à Presidência em 2022, mas não se arrepende de voto em Bolsonaro

Para o ex-ministro da Saúde, o PT não tinha ‘nem o direito de pedir voto’ em 2018: ‘Não haviam sequer admitido o que tinham feito’

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta considera concorrer à Presidência da República em 2022, como rival ao presidente Jair Bolsonaro. O ex-deputado federal pelo DEM, no entanto, não se arrepende do voto no então candidato pelo PSL em 2018.

“Eu não me arrependo de nada na minha vida, porque essas decisões são tomadas no momento”, afirmou Mandetta em entrevista ao canal?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> de CartaCapital no YouTube (assista ao vídeo ao final da matéria).

“O voto no PT seria uma chancela, um perdão meu ao que eles tinham feito, sendo que eles não haviam sequer admitido o que tinham feito, quanto mais pedido uma desculpa à Nação. O PT não tinha nem o direito, naquele momento, de ter pedido o voto aos cidadãos, quanto mais de ser merecedor do voto”, acrescentou. “O meu partido tinha decidido apoiar o Geraldo Alckmin, eu não gostava daquele caminho, achava que aquele caminho não era verdadeiro”.

Mandetta afirmou que votou em Bolsonaro no último pleito presidencial “para fazer naquele momento uma ruptura com aquilo dali”. Ele, no entanto, avalia que o presidente não é “merecedor de um voto de continuidade”.

Para o ex-ministro da Saúde, o caminho não é a reeleição, nem a volta do PT ao poder. Na entrevista, ele destacou a importância do diálogo, “não só com o centro, mas com a centro-esquerda e a centro-direita”. Também opinou sobre as potenciais candidaturas do governador de São Paulo, João Doria, e do apresentador de TV Luciano Huck.

“Eles cumprem os requisitos mínimos para serem candidatos à Presidência: ser brasileiro nato e ter mais de 35 anos. Dali para frente, é preciso combinar com as pessoas, entender as pessoas, ter aceitação das pessoas. É preciso andar no Nordeste com a mesma facilidade que se anda no Sudeste rico”, ressaltou. “Eu também sou brasileiro nato e também tenho mais de 35 anos, então estou em dia com minhas obrigações eleitorais”.

Questionado se sonha com a possibilidade de se tornar presidente, porém, ponderou que “isso é uma caminhada, um processo contínuo”.

“Não sei o que os meus pares que estão dentro desses partidos pensam. No plano dos sonhos, fica uma coisa muito primária. Tenho convicção de que o País tem pressa, de que assisti a uma década inteiramente perdida, tenho convicção de que estamos perdendo tempo com essa discussão inerte bancada por esse governo”, prosseguiu. “No mundo dos sonhos, o único sonho que me cabe é o de um País mais justo e solidário”.

Assista à íntegra da entrevista:

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